Como Tratar Trompas de Falópio Bloqueadas

Опубликовал Admin
4-10-2016, 02:05
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Em mulheres saudáveis, as trompas de Falópio transportam óvulos maduros do ovário até o útero. Para que engravidem, pelo menos um dessas trompas precisa ficar aberta. Quando ocorrem obstruções, não há o “encontro” entre esperma e óvulo, onde a fecundação geralmente ocorre. 40% das mulheres inférteis geralmente possuem essa condição, logo, reconhecê-la e tratá-la de maneira eficaz é extremamente importante.

Tratando o bloqueio de trompas de Falópio

  1. Pergunte ao médico sobre remédios que melhoram a fertilidade. Se apenas uma das trompas estiver bloqueada e você se sentir saudável, o médico recomendará a administração de medicamentos que combatem a infertilidade , como Femara, Clomid, Serophene, Gonal-F, Bravelle, Ovidrel, Lupron ou o Pergonal. Tais remédios fazem com que a glândula pituitária libere o Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e o Hormônio Luteinizante (LH), que elevam as chances de ovular e engravidar (através da trompa desobstruída).
    • Note que esse tratamento não funcionará se as duas trompas de Falópio estiverem obstruídas. Se esse for o caso, é necessário procurar tratamentos mais agressivos.
    • Os riscos mais comuns de consumir drogas de fertilidade são as gestações múltiplas e a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana (SHEO). A SHEO ocorre quando os ovários ficam com excesso de fluidos.
  2. Leve em conta a realização de uma laparoscopia. Se o médico achar que você possui boas condições de ser submetida a uma cirurgia, ele pode recomendar a laparoscopia para abrir as trompas bloqueadas e remover o tecido cicatricial. Porém, a laparoscopia nem sempre funciona; o sucesso da intervenção depende da sua idade, da causa e do quanto a trompa está bloqueada.
    • Se a trompa ainda estiver relativamente saudável, a chance de engravidar após a cirurgia é de 20% a 40%.
    • O procedimento não será dolorido, já que você ficará sob anestesia geral. Os riscos da laparoscopia são: infecções na bexiga e irritação no local da cirurgia.
    • Caso tenha um tipo particular de bloqueio das trompas de Falópio, conhecido como hidrossalpinge, onde uma tuba uterina é preenchida de fluido, o médico poderá não recomendar a cirurgia. Discuta as opções com ele.
    • Esse tipo de intervenção cirúrgica aumenta a chance de haver uma gravidez ectópica no futuro. Se você engravidar após a laparoscopia, o médico deve acompanhar o progresso da gestação de perto e observar se existem sinais que indicam que a gravidez é ectópica.
  3. Discuta a possibilidade de realizar uma salpingectomia. Esse procedimento remove uma parte da tuba uterina, sendo recomendada quando uma delas está preenchida com o fluido na hidrossalpinge. Ele é feito antes de submeter-se à fertilização in vitro.
    • Se a parte final da trompa de Falópio estiver bloqueada devido à hidrossalpinge, a salpingectomia é feita. O procedimento cria uma abertura na tuba, perto do ovário. É comum que a trompa operada fique novamente bloqueada por tecido cicatricial após a cirurgia.
  4. Experimente a canulação tubária seletiva. Quando há um bloqueio próximo ao útero, o médico pode recomendar a canulação tubária seletiva, um procedimento médico que consiste na inserção de uma cânula através do cérvix, do útero e da trompa de Falópio.
    • Esse procedimento é ambulatorial e menos invasivo do que a cirurgia laparoscópica. A anestesia geral pode ou não ser necessária.
    • A canulação tubária não é recomendada caso a paciente sofra com outras condições, como tuberculose genital, lesões ou cicatrizes nas tubas uterinas ou se já realizou uma cirurgia nas trompas anteriormente.
    • Alguns dos ricos potenciais desse procedimento são: dilaceramento da trompa de Falópio, peritonite (infecção do tecido em volta dos órgãos) ou uma restauração malsucedida da função da tuba uterina.
  5. Experimente a fertilização in vitro. Se os tratamentos anteriores não funcionarem – ou se o médico considerar que a chance de sucesso é muito pequena –, ainda existem outras opções para engravidar. A mais comum delas é a fertilização in vitro (FIV), que consiste na fecundação de um óvulo por espermatozoides fora do corpo, inserindo o embrião resultante no útero feminino. Esse método não envolve o uso da tubas uterinas, logo, os bloqueios não terão interferência na fecundação.
    • O sucesso da FIV depende de muitos fatores, incluindo sua idade e a causa da infertilidade. Além disso, é um processo caro e que demanda muito tempo.
    • Os riscos da FIV são: gravidez ectópica, nascimentos múltiplos, parto prematuro com peso do feto abaixo do normal, Síndrome da Hiperestimulação Ovariana, aborto espontâneo e estresse elevado devido à pressão emocional, mental e financeira.

Diagnosticando o bloqueio em trompas de Falópio

  1. Saiba que essa condição pode ser assintomática. Algumas mulheres – que possuem um certo tipo de obstrução nas tubas uterinas – sentem dores abdominais ou aumento de corrimento vaginal, enquanto outras não manifestam sintomas. Na maioria dos casos, as mulheres só descobrem o problema por não conseguirem engravidar.
  2. Marque uma consulta com um ginecologista se não conseguir engravidar após um ano. Do ponto de vista médico, “infertilidade” significa que você não tem sucesso em engravidar após um ano de relações sexuais normais, sem qualquer método contraceptivo. Se esse for seu caso, marque uma consulta com um ginecologista o mais rápido possível.
    • Mulheres com mais de 35 anos não devem esperar um ano. Marque a consulta após seis meses de tentativas de engravidar através de relações sexuais sem proteção.
    • Note que “infertilidade” não é a mesma coisa que “esterilidade”. Mulheres inférteis podem conseguir conceber um filho, com ou sem ajuda médica. Não ache que será impossível engravidar.
  3. Marque uma avaliação de fertilidade. O médico provavelmente recomendará uma avaliação de fertilidade completa para você e o parceiro. Provavelmente, o parceiro precisará fornecer uma amostra de esperma para que um especialista possa descartar qualquer problema com a contagem de espermatozoides ou com a motilidade. Você, por sua vez, deverá realizar diversos exames para confirmar que a ovulação é normal, assim como os níveis hormonais. Se todos os resultados estiverem dentro do esperado, o médico recomendará o exame das tubas uterinas.
  4. Leve em consideração o exame de sonohisterografia. O profissional pode recomendar a sonohisterografia, que é um procedimento médico que envolve o uso de ultrassom para encontrar materiais acumulados no útero, como tecidos cicatriciais. Esses materiais, às vezes, podem ser os responsáveis pelo bloqueio nas trompas de Falópio.
  5. Faça uma histerossalpingografia. A histerossalpingografia (HSG) é um procedimento médico no qual uma tintura especial é inserida através do cérvix até as tubas uterinas. São feitos raios-x para determinar se elas estão desobstruídas ou bloqueadas.
    • As histerossalpingografia são realizadas sem anestesia, fornecendo apenas uma leve sensação de desconforto ou cólica. No entanto, consumir ibuprofeno cerca de uma hora antes do exame pode ajudar a minimizá-las.
    • Esse procedimento dura de 15 a 30 minutos. Os riscos possíveis são: infecção pélvica e danos às células ou tecidos devido à exposição à radiação.
    • Caso o médico suspeite que as trompas estão obstruídas, ele utilizará, em certas ocasiões, uma tintura à base de óleo durante o exame. Às vezes, o óleo remove o bloqueio.
  6. Pergunte ao médico se há possibilidade de realizar uma laparoscopia. Dependendo do resultado da sonohisterografia e da histerossalpingografia, o profissional pode recomendar a realização da laparoscopia. Nela, é feita uma incisão perto do umbigo para detectar – e remover, em certos casos – massas de tecido bloqueando as tubas uterinas.
    • No geral, a laparoscopia deve ser realizada apenas depois que outros exames de infertilidade forem feitos. Em parte, isso se deve ao maior risco desse procedimento; ele é feito com a paciente sob anestesia geral, logo, ele carrega todos os riscos associados com cirurgias de maior importância.
  7. Obtenha o diagnóstico. Os resultados dos exames devem determinar se uma ou ambas as tubas uterinas estão obstruídas. Peça para que o médico explique o grau de severidade do bloqueio, já que um diagnóstico bastante específico auxiliará a determinar um melhor plano de tratamento.

Entendendo as causas de bloqueio nas trompas de Falópio

  1. Esteja ciente de que as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) podem levar ao bloqueio das tubas uterinas. Saber a causa da obstrução pode ajudar o médico a formular um plano de tratamento mais eficaz. As DSTs são causas comuns do bloqueio, já que a clamídia, a gonorreia e muitas outras infecções podem incentivar o desenvolvimento de tecido cicatricial que bloqueia as trompas, impedindo a gravidez. Essa condição pode ser continuar sendo problemática mesmo após o tratamento e erradicação da DST.
  2. Saiba o “papel” que a inflamação pélvica possui em relação ao bloqueio das trompas de Falópio. A doença inflamatória pélvica (DIP) pode ser contraída através de relações sexuais, causando a obstrução das tubas uterinas. Caso você tenha DIP (ou um histórico de inflamação pélvica), o risco de infertilidade e bloqueio nas trompas é aumentado.
  3. Fique atento aos ricos em potencial associados com a endometriose. Mulheres com endometriose possuem tecido uterino que cresceu fora da localização normal, implantando-o nos ovários, trompas de Falópio e até em outros órgãos. Caso você sofra com essa condição, tenha ciência que ela pode levar ao bloqueio das tubas.
  4. Saiba mais sobre as infecções uterinas. Caso já tenha sofrido com uma infecção uterina – às vezes, junto a um aborto espontâneo –, é possível que ocorra a formação de tecido cicatricial, bloqueando uma ou ambas as tubas uterinas.
    • Apesar de ser incomum, a tuberculose pélvica também pode obstruir as trompas.
  5. Leve em consideração as gestações ectópicas anteriores. Na gravidez ectópica, o óvulo se prende ao revestimento de um outro órgão – geralmente as trompas de Falópio – e não no útero, que é o local correto. Tais gestações não são finalizadas e quando houver a interrupção (seja natural ou através de intervenção médica), as cicatrizes podem acabar bloqueando a trompa.
  6. Alguns tipos de cirurgias realizadas anteriormente também podem causar esse bloqueio. Mulheres que já realizaram intervenções no abdômen têm risco aumentado de obstrução nas tubas uterinas, assim como as cirurgias nas próprias trompas, que são ainda mais perigosas.

Dicas

  • Saiba que até mesmo se nada der certo no tratamento das trompas bloqueadas ou na tentativa de engravidar, existem outras opções. Adotar ou ser uma barriga de aluguel são alternativas, caso deseje muito tornar-se uma mãe.
  • Lembre-se de que se apenas uma das trompas de Falópio estiver bloqueada, há chance de engravidar sem qualquer tratamento. A decisão de procurar intervenção médica depende da causa do bloqueio e da saúde dos outros órgãos reprodutivos. Converse com o médico para saber as opções disponíveis.
  • A infertilidade pode ser muito estressante e perturbadora. É importante saber como lidar com os aspectos emocionais, logo, consultar um terapeuta ou entrar para um grupo de apoio são boas ideias, caso se sinta pressionada. Não se esqueça também de sempre manter um estilo de vida saudável: adote uma dieta nutritiva, exercite-se regularmente e durma bastante.
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