Como Reduzir o Estresse em Gatos

Опубликовал Admin
29-11-2019, 13:00
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Caso tenha notado ultimamente mudanças comportamentais no gato de estimação, encare a possibilidade de ele estar estressado. O conceito de estresse pode ser bem diferente para humanos e felinos e, por isso, esses animais se sentem incomodados muito mais facilmente. Alterações de rotina, outro gato no quintal, uma marca diferente de areia sanitária, o dono saindo de férias ou até mesmo uma simples ida ao veterinário: tudo isso pode deixar o animal sobrecarregado. O estresse não apenas é desagradável para o gato (e para você), mas também pode causar problemas de saúde ao reduzir a imunidade, aumentar a ocorrência de inflamações e gerar uma limpeza exagerada por meio das lambidas. Por todos esses motivos, é extremamente importante reduzir o máximo possível de estresse no animal.

Detectando os sintomas de estresse

  1. Observe quaisquer mudanças na micção. O incômodo na hora de urinar é um resultado muito comum do estresse em felinos. Os hormônios do estresse fazem com que o revestimento interno da bexiga fique inflamado, e isso resulta em sintomas físicos. Fique de olho na frequência de uso da bandeja sanitária. Alguns sinais de problema incluem: micção frequente, incômodo na hora de fazer xixi ou até mesmo sangue na urina.
    • Esses sintomas não devem ser ignorados; é essencial levar o gato ao veterinário. Essa inflamação na bexiga pode levar a um bloqueio, o qual, se não for tratado, pode matar.
  2. Veja se o animal está se lambendo em excesso. Quando estressados, os gatos tendem a se lamber muito e até ficam sem pelos em determinado lugar do corpo. Alguns pontos favoritos para isso incluem: a barriga, a parte interna das coxas e as patas dianteiras. A ação de lamber libera no organismo substâncias parecidas com a morfina e, portanto, o animal se sente mais confortável e seguro.
    • Consulte um veterinário para ver se esse sintoma está mesmo relacionado a estresse — também pode ser por causa de alergias ou parasitas.
  3. O animal está apresentando diarreia? Alguns gatos ficam tão estressados a ponto do estômago ficar indisposto. Independente da causa (estresse ou infecção), consulte um veterinário para confirmar a necessidade de medicamentos.
  4. Veja se o felino está urinando ou defecando em algum lugar que não seja a bandeja de areia. O animal pode estar evitando a caixa sanitária por estar muito estressado ou ter a intenção de espalhar o próprio cheiro pela casa e, com isso, se sentir mais seguro.
    • Entretanto, outras condições podem ser a causa do problema, tais como: artrite, infecção urinária ou dor de estômago. Por isso, é sempre melhor consultar um veterinário.
  5. O gato está miando exageradamente? Alguns animais ficam muito grudados com o dono e fazem de tudo para chamar a atenção da pessoa.
  6. Não se esqueça de que o estresse também se apresenta em forma de inquietação. Um animal estressado pode ficar andando de um lado a outro sem parar, vigiando o território e procurando por alguma ameaça.
  7. Perceba quando e como o animal se retrai. Um gato estressado costuma se esconder embaixo da cama ou em algum lugar escuro, por exemplo. A intenção do felino é evitar, a todo custo, aquilo que está causando o problema.
  8. Acompanhe quaisquer alterações no apetite. Alguns gatos em situação de estresse perdem a vontade de comer ou começam a mastigar coisas estranhas, tal como uma toalha.
  9. Determine a causa do estresse tentando entender quando os sintomas começaram e por quê. O motivo é físico, psicológico ou causado pelo ambiente mesmo? Isso vai ajudá-lo a entender o problema e se decidir por um tratamento. Além do mais, o veterinário provavelmente vai querer saber tudo isso.

Reduzindo o estresse físico

  1. Marque uma consulta com o veterinário para ver se está tudo bem com o gato. Muitos sintomas de estresse também podem ser sinais de doença. É preciso saber com o que se está realmente lidando: um animal doente ou um animal estressado. Não se esqueça também de que o estresse pode acabar gerando alguma condição física.
  2. Apare as garras do felino. Elas podem estar muito grandes e, nesse caso, machucando as patas do animal. Às vezes, o estresse físico é bem simples de se resolver, não é?
  3. Elimine as pulgas. As mordidas desse inseto irritam o animal e, se eles forem ingeridos, podem levar a alguma doença parasitária. Se o gato estiver se coçando frequente e persistentemente, observe o pelo bem de perto. Para isso, compre um pente fino e passe no pelo. Os melhores locais são no pescoço e na base do rabo. Se notar pontinhos pretos do tamanho da cabeça de um alfinete, então o animal tem pulgas. Depois, observe os dentes do pente procurando por pontos brancos ou pretos; são os ovos dos insetos e também o sangue ressecado excretado por eles. Se encontrar sinais de pulgas, será preciso eliminá-las no animal e também no ambiente.
    • Para tratar o gato, converse com um veterinário sobre o medicamento mais adequado.
    • Em casa, algumas das providências a serem tomadas incluem: passar aspirador nos locais favoritos do animal e também em quaisquer tapetes e estofados; lavar semanalmente a roupa de cama do gato; e possivelmente utilizar um produto específico contra os insetos (siga todas as instruções da embalagem e tire o felino do ambiente na hora de aplicá-lo).

Reduzindo o estresse causado pelo ambiente

  1. Baixe o volume da música. A audição dos gatos é muito sensível e pode se incomodar facilmente com quaisquer fontes de barulho.
    • Se o animal estiver assustado por conta de algum barulho externo (fogos de artifício, relâmpagos etc), é fundamental levá-lo para um cômodo mais retirado, fechar as janelas e ligar a TV em um volume baixinho. Deixe o animal nessa "bolha" até o problema passar.
  2. Saiba o momento certo de consolar o gato. Se ele tiver uma ligação especial com o dono, é muito importante que a pessoa tranquilize o animal. Por exemplo, quando sentem medo de alguma coisa, muitos felinos correm para se esconder embaixo do edredom, pois o cheiro do dono é uma garantia de segurança. No entanto, se o medo for extremo, o animal provavelmente rejeitará quaisquer tentativas de interferência.
    • A regra geral deve ser a seguinte: se o gato tentar fugir de você e estiver miando muito alto, é melhor deixá-lo em paz. Caso o felino se esconda dentro da caixa de transporte, por exemplo, experimente colocar uma toalha por cima para que ele não consiga ver através da porta telada.
  3. Crie vários refúgios para o animal, pois a falta deles também pode ser estressante. O gato precisa ter um local alto no qual subir ou uma área escura na qual se esconder. Pode ser uma caixa de papelão ou até mesmo um arranhador alto.
  4. Mantenha a casa com uma atmosfera o mais estável e pacífica possível. Os gatos são animais muito sensíveis a mudanças. Embora algumas situações sejam impossíveis de se evitar (como uma mudança de residência, por exemplo), faça de tudo para manter o ambiente calmo e tranquilo. Afinal, discutir e gritar não só estressa o animal, mas você também.
    • Em caso de mudanças, fique de olho no gato e faça o possível para tranquilizá-lo. Sempre forneça um refúgio para ele se esconder, por exemplo.
  5. Jamais grite com o bichano. O animal não consegue associar o próprio mal comportamento com os gritos do dono, portanto, esse tipo de correção só vai deixá-lo ansioso e assustado.
    • A melhor opção, nesse caso, é usar o reforço positivo. Sempre que o gato fizer algo "bom", dê alguns petiscos a ele e elogie-o verbalmente. Como o período de atenção desses animais é muito pequeno, o segredo é que a recompensa seja imediata. Do contrário, o gato não vai conseguir fazer a associação necessária.

Reduzindo o estresse psicológico

  1. Brinque bastante com o animal. É necessário que você forneça muitas oportunidades para que ele gaste as energias fazendo "coisas de gato", tais como caçar. Isso é ainda mais importante se o felino não sair de casa, pois ele não terá aquela estimulação fornecida pelas coisas ao ar livre. Além do mais, cansar o animal moderadamente vai ajudar na eliminação dos hormônios do estresse.
    • Esconda petiscos ou grãos de ração pela casa e deixe o gato caçá-los.
    • Todos os dias, brinque com o animal por pelo menos três sessões de 10 minutos. Sacuda algo na frente dele ou jogue uma bolinha de papel pelo chão da sala. Ele vai adorar!
    • Se tiver mais de um gato em casa, reserve um tempo para brincar com cada um deles separadamente.
    • Compre vários brinquedos para o gato e deixe espalhados pela casa. Uma vez por semana, por exemplo, substitua por outros objetos.
  2. Forneça outras opções de entretenimento. Que tal pendurar um bebedouro para passarinhos do lado de fora da janela? Outra alternativa é comprar um aquário para que o gato possa observar o peixe nadando.
  3. Em casas com mais de um gato, tente reduzir a competição. Nessa situação, é normal que os animais fiquem brigando por conta de ração, água, bandeja sanitária ou até mesmo atenção. Muitos ficam estressados com isso. Para resolver o problema, faça o possível para prover as necessidades de cada felino.
    • Por exemplo, compre uma caixa de areia para cada animal e tenha uma de reserva. Além disso, sempre mantenha as bandejas limpas! Remova os dejetos todos os dias e, uma vez por semana, lave a caixa com detergente ou uma solução de água e água sanitária (1 parte de água para cada 1/2 de água sanitária).
    • Espalhe várias tigelas de ração pela casa para que a alimentação não seja monopolizada por um só animal.
  4. Não incentive a presença de gatos de rua. Ao ver outro animal no quintal ou jardim, o felino pode se sentir psicologicamente ameaçado.
    • Remova qualquer comida que possa estar atraindo outros gatos.
    • Se o animal for criado solto, instale uma portinha ativada por meio de microchip para que apenas ele possa entrar em casa.
    • Caso o gato veja o outro através de uma janela, que tal tampar a parte inferior do vidro para impedir essa visão? Funciona maravilhosamente.

Ajudando o gato a relaxar

  1. Use feromônios para deixar o animal mais alegre. Todos os gatos recebem essa substância da mãe, e isso faz com que se se sintam seguros perto dela. Hoje em dia, há no mercado uma versão sintética.
    • Pulveriza o feromônio na caminha do gato, por exemplo. Faça o mesmo nas entradas e saídas da residência para que o animal se sinta dono do espaço.
    • Outra opção é comprar um difusor. Esse objeto é ligado na tomada e libera o feromônio no ar — não se preocupe, pois a substância não é detectável pelos humanos. A dica é ligar o difusor no cômodo onde o animal passa mais tempo. O efeito é gradual, portanto, não espere resultados imediatos. Após umas duas semanas, o gato já vai começar a se sentir mais seguro. Cada difusor dura aproximadamente um mês, e você já pode encontrar refis disponíveis no mercado.
  2. Experimente o Zylkene®. Esse nutracêutico age no organismo do animal como se fosse um medicamento. Como os nutracêuticos são suplementos alimentares, são muito mais seguros e raramente apresentam efeitos colaterais. O ingrediente ativo do Zylkene® é derivado da proteína do leite e age na mesma parte do cérebro que o diazepam. Esse produto acalma o gato e remove bastante a ansiedade.
    • O Zylkene® já está disponível no mercado brasileiro desde 2012, mas é um pouco difícil de se encontrar. Geralmente, a dose recomendada é uma cápsula de 75 mg por dia, durante ou após uma refeição. Pode levar até dois dias para surtir efeito. No entanto, se não houver uma melhora após sete dias de uso, provavelmente não funcionará naquele animal.
  3. Se o gato começar a apresentar problemas de saúde, converse com um veterinário sobre medicamentos específicos para lidar com o estresse do animal. Algumas opções são: diazepam, amitriptilina e fluoxetina.
    • Lembre-se de que nenhum desses remédios é licenciado para o uso em gatos, pois os fabricantes não fizeram testes nesses animais. No entanto, há muitos dados comprovando a eficácia no uso veterinário. Fale com um profissional.

Avisos

  • As dicas deste artigo não foram feitas para substituir os conselhos de veterinários. Sempre fale com um profissional ao notar quaisquer mudanças físicas ou comportamentais no felino.
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