Como Se Livrar da Dor dos Miomas Uterinos

Опубликовал Admin
29-09-2016, 04:10
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Os miomas uterinos são tumores comuns e não cancerígenos que aparecem frequentemente durante os anos férteis da mulher. Para algumas, a dor dos miomas pode ser muito grande; como resultado dessas protuberâncias, o útero, que normalmente tem o tamanho de uma pequena pera, pode ficar do tamanho de uma grande melancia. Ao crescer, o útero pressiona os intestinos, a bexiga, o abdômen e as costas, resultando em bastante dor.

Tratando a dor através de medicamentos

  1. Consuma analgésicos de venda livre. O acetaminofeno, ibuprofeno e naproxeno são medicamentos leves e que podem ser adquiridos livremente em farmácias, sendo recomendados por médicos para aliviar a dor do desconforto menstrual e tumores uterinos.
    • Tenha cuidado para não exagerar na dosagem e fique de olho nos efeitos colaterais mencionados na bula do remédio.
    • Se as menstruações forem doloridas, comece a tomar um dos analgésicos alguns dias antes do início do ciclo. Isso ajuda a reduzir ainda mais o desconforto.
  2. Pense em consumir suplementos de ferro. Quando a dor e o desconforto estiverem associados ao intenso sangramento menstrual, pode haver anemia; o médico realizará exames de sangue simples para verificar os níveis de ferro no organismo. Se estiverem abaixo do normal, suplementos de venda livre são boas opções para “reverter” a deficiência do nutriente.
    • Sintomas comuns de anemia causada por perda excessiva de sangue são: cansaço e fraqueza, palidez, sensação de tontura, dores de cabeça, mãos e pés frios, falta de ar e dores no peito, em certos casos.
  3. Pergunte ao médico sobre remédios receitados. Medicamentos mais fortes no tratamento da dor e anti-inflamatórios podem ser comprados com uma receita, deixando os sintomas mais “suportáveis”. Em alguns casos, os remédios prescritos também auxiliam a combater o crescimento de certos tipos de miomas uterinos.
  4. Consuma anticoncepcionais de baixa dosagem. Contraceptivos orais de baixa dosagem, assim como as injeções de progesterona, já foram utilizados com sucesso para diminuir a dor de miomas uterinos. Os anticoncepcionais de baixa dosagem contém pequenas quantidades de estrógeno, logo, não aumentam os miomas, controlando o fluxo menstrual entre os ciclos.
    • Estudos mostram que o tamanho dos miomas uterinos diminuem após uma injeção de Depo Provera, mas algumas mulheres sofrem efeito inverso.
  5. Leve em consideração o uso de agonistas que incentivam a liberação de gonadotrofina, especialmente ao planejar realizar algum procedimento médico. Remédios classificados como agonistas que liberam gonadotrofina ajudam a diminuir os miomas, sendo administrados através de injeções, sprays nasais ou pela implantação de um dispositivo. Os agonistas que liberam a gonadotrofina são frequentemente usados antes de uma cirurgia para reduzir o tamanho dos miomas.
    • O afinamento dos ossos é um dos efeitos colaterais que poderão surgir, evitando o uso em longo prazo desses produtos. Ondas de calor, depressão, insônia, libido diminuída, dores em articulações e ausência de menstruação mensal são outros efeitos adversos comuns. Assim que a administração do remédio for interrompida, os miomas crescem rapidamente.

Utilizando técnicas e realizando mudanças no estilo de vida para controlar a dor

  1. Entenda os fatores de risco dos miomas. Existem alguns fatores que estão fora do alcance das pessoas, aumentando o risco de desenvolvimento dos miomas, além de outros que podem ser controlados. Leve-os em consideração ao realizar ajustes ao estilo de vida. Os aspectos que podem aumentar a chance de desenvolver ou piorar a condição dos miomas uterinos são:
    • Comer poucos legumes e muita carne vermelha.
    • Beber álcool em excesso.
    • Ter uma mãe ou irmã que também sofre com miomas.
    • Ter a primeira menstruação precocemente.
    • Ser da etnia negra.
  2. Aplique calor à parte inferior do abdômen. O calor pode ajudar a melhorar a circulação sanguínea, ajudando os músculos a relaxarem. Use uma almofada quente (de micro-ondas) ou compressa quente, colocando-a sobre a parte inferior do abdômen para reduzir a dor dos miomas uterinos. A cada dez minutos, remova a compressa para permitir que a pele se resfrie um pouco. Um banho quente também pode contribuir no alívio da dor.
  3. Use técnicas de relaxamento. Deitar e repousar pode aliviar a pressão que está contribuindo para causar dor. Ao dormir de barriga para cima, coloque um travesseiro sob os joelhos para retirar pressão da área inferior das costas.
    • Entre outras técnicas, a respiração profunda e o relaxamento muscular são boas opções. Certas técnicas de relaxamento funcionam melhor após aprender os aspectos básicos através de alguém que já tem domínio sobre elas. Ioga, biofeedback e visualização são algumas das opções.
  4. Mantenha uma dieta saudável. Os alimentos ingeridos podem fazer diferença no crescimento dos miomas. Muitas das pesquisas em relação às dietas são apenas observacionais, mas podem ajudar algumas pessoas.
    • Duas mudanças na dieta que são frequentemente recomendadas são: o aumento de porções de laticínios e diminuição de consumo de alimentos ricos em açúcar e carboidratos por dia. Manter um peso saudável também auxilia a controlar a dor proveniente dos miomas uterinos.
  5. Observe e espere. Trate a dor, se ela for suportável, fique atento a qualquer piora e espere. Os miomas devem diminuir naturalmente após a menopausa e a queda dos níveis de estrógeno. Geralmente, as mulheres não sofrem com dores provenientes de miomas após a menopausa.
    • Na maioria das vezes, se há a presença de um mioma, outros também estarão crescendo. Converse com o médico e pergunte sobre os sintomas específicos ao seu caso que precisam ser monitorados de perto.

Avaliando a possibilidade de um procedimento médico

  1. Converse com o médico sobre os riscos de uma intervenção médica. Esses procedimentos podem ser a melhor maneira de acabar com a dor causada pelos miomas; porém, é fundamental entender os riscos associados antes de decidir.
  2. Pergunte sobre os possíveis tratamentos médicos e opções de cirurgia. Antes de tomar uma decisão, obtenha uma segunda ou terceira opinião de outro ginecologista, cirurgião ou radiologista intervencionista. Os radiologistas intervencionistas são especialistas na análise e interpretação de resultados de imagem, analisando estudos de imagem já prontos e fornecendo uma opinião adicional em relação às opções de cirurgia ou tratamento ambulatorial.
  3. Pergunte ao médico sobre a embolização de miomas uterinos. Esse procedimento é realizado enquanto o paciente está acordado, mas sedado, e não causa dores. Porém, o desconforto pode aparecer com intensidade nas 24 ou 48 horas posteriores à intervenção.
    • A embolização de miomas uterinos consiste na inserção de um cateter na artéria femoral através de uma pequena incisão na coxa. Pequenas partículas são colocadas no cateter e enviadas para o local onde o mioma está. O objetivo do procedimento é interromper o fluxo do sangue até a saliência, fazendo com que ele diminua de tamanho. Relativamente nova, essa intervenção ambulatorial e não invasiva possui uma alta chance de ser bem-sucedida, mas pode não ser adequada para todas as mulheres.
  4. Saiba mais sobre a ablação endometrial. A ablação endometrial é um procedimento que remove ou destrói o revestimento do útero, geralmente sendo realizado em ambulatório ou consultório médico. Alguns dos métodos aplicados para realização dessa técnica são: laser, água fervente, corrente elétrica, congelamento, micro-ondas e um laço de arame. Não é possível engravidar após esse procedimento. Apesar desse tipo de cirurgia funcionar bem em mulheres com mais idade, a chance de não dar certo é maior nas mais jovens. Os riscos associados ao procedimento são:
    • Perfuração ou lesões no útero.
    • Queimação nos intestinos ou útero.
    • Excesso de fluido nos pulmões.
    • Obstrução na artéria que leva aos pulmões (embolia pulmonar).
  5. Analise a cirurgia de ultrassom focalizado e guiado por ressonância magnética. Apesar de não estar disponível em muitos países, o Brasil é pioneiro nesse procedimento, que pode ser uma ótima escolha para quem deseja preservar a fertilidade ou sofrer com miomas grandes e excesso de tecido cicatricial, o que aumenta o risco de outros procedimentos. Ele é feito de forma não invasiva e em ambulatório, usando ondas de ultrassom de alta intensidade para destruir os miomas, contando com a ajuda da imagem de ressonância magnética para guiar o procedimento. Os possíveis riscos deste método são:
    • Queimaduras no abdômen.
    • Dano em tecidos.
    • Dor devido à estimulação nervosa.
    • Coágulos sanguíneos.
  6. Discuta a possibilidade de realizar uma miomectomia com o médico, caso deseje preservar sua fertilidade. A miomectomia é uma intervenção cirúrgica que remove miomas sem retirar tecidos saudáveis do útero. A gravidez pode ocorrer normalmente após o procedimento cirúrgico. O nível da intervenção depende da gravidade dos miomas. Os riscos associados com a miomectomia são:
    • Grande perda de sangue.
    • Desenvolvimento de tecido cicatricial.
    • Risco aumentado de certas complicações durante o parto (ao engravidar após o procedimento).
    • Chance de necessitar a realização uma histerectomia emergencial
  7. Analise a possibilidade de fazer uma histerectomia. A histerectomia é a intervenção cirúrgica da remoção do útero; quando o órgão é retirado, os miomas que crescem dentro dele não representarão mais nenhum risco à mulher. Porém, não há possibilidade de engravidar após o procedimento. Novamente, o nível da intervenção cirúrgica depende da situação, dos problemas e da gravidade dos miomas em cada caso. A recuperação da histerectomia invasiva pode demorar várias semanas. Tenha ciência de que vários riscos estão associados com a histerectomia, incluindo:
    • Coágulos sanguíneos.
    • Infecções.
    • Sangramento em excesso.
    • Reações adversas à anestesia.
    • Danos estruturais, como ao trato urinário, bexiga, reto ou qualquer outra estrutura pélvica.
    • Menopausa precoce.
    • Morte (é raro, mas o risco existe).
  8. Converse com o médico sobre a miólise. Apesar de raramente utilizada para tratar miomas uterinos, essa intervenção é uma alternativa possível e que deve ser discutida com o médico. Nela, apenas o tecido dos miomas é “atacado”; o cirurgião é orientado através de um laparoscópio e introduz uma corrente de eletricidade ou frio extremo para destruir o tecido fibroso. Saiba que a miólise pode não ser uma boa opção para quem deseja preservar a fertilidade.
  9. Pergunte ao médico sobre a ablação por radiofrequência e a terapia anti-hormonal. Esses procedimentos são novos, mas não são considerados padrões de tratamento. A ablação por radiofrequência usa calor aplicado externamente para diminuir o tamanho dos miomas, enquanto a administração de remédios anti-hormonais aliviarão os sintomas sem os efeitos adversos de outros tratamentos à base de medicamentos (como o afinamento e enfraquecimento dos ossos).

Dicas

  • A dor causada pelos miomas pode ser crônica ou apenas ocasional, piorando durante a prática de certas atividades, como a evacuação intestinal, exercícios físicos, relações sexuais e na menstruação.
  • Cerca de 75% das mulheres sofrerão com miomas em algum momento da vida. Em grande parte dos casos, não existem sintomas e poucos riscos são associados com tal condição.
  • Caso haja o surgimento de febre por nenhuma razão aparente, se novos sintomas surgirem ou os já presentes piorarem, vá ao pronto-socorro ou marque uma consulta com um ginecologista.
  • Os miomas uterinos geralmente são descobertos durante um exame pélvico de rotina. O ultrassom, realizado na consulta com um ginecologista, pode confirmar a presença dos corpos fibroides. Em certos casos, pode ser necessário realizar um exame de imagem mais detalhado, como a Ressonância Magnética.
  • Trate os miomas antes de engravidar. Alguns tipos de miomas – bem como os procedimentos médicos – interferem na fertilidade da mulher.
  • Dores abdominais são causadas por muitos aspectos diferentes. Alguns deles podem colocar a vida da pessoa em risco, logo, é importante consultar um médico para que ele forneça o diagnóstico correto.
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