Como Saber se Você Tem Epididimite

Опубликовал Admin
12-12-2020, 02:40
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É normal e compreensível ficar um pouco preocupado ao sentir dor e sensibilidade na região dos testículos. A epididimite é uma inflamação do canal que está conectado aos testículos, e pode ser a causa do desconforto. Apesar de ser uma consequência de alguma DST (Doença Sexualmente Transmissível) em grande parte dos casos, a condição pode ser tratada com antibióticos. De qualquer forma, ao sentir dores, sensibilidade ou inchaço na região escrotal, é importante ir ao médico.

Identificando sintomas comuns

  1. Fique atento às dores testiculares que surgem de apenas um dos lados. Na epididimite, o incômodo frequentemente surge em apenas um dos testículos; com o passar do tempo, ele pode se espalhar para o outro. A manifestação de dor ocorre na parte inferior do testículo e depois o afeta inteiramente.
    • O tipo de dor varia de acordo com o tempo que a epididimite está presente (aguda ou semelhante a uma queimação).
    • Quando o desconforto surge rapidamente em ambos os testículos, provavelmente não é epididimite; ainda assim, é fundamental ir ao médico.
  2. Verifique se há inchaço ou vermelhidão no testículo infectado. Isso pode ocorrer em um lado e se espalhar para ambos após um certo tempo; às vezes, o testículo também parecerá estar quente, e sentar causará desconforto devido ao inchaço.
    • O testículo também terá uma aparência muito vermelha devido ao aumento da circulação sanguínea no local, inchando-o como consequência dos fluidos que vazam na região infectada.
    • Em alguns homens, haverá um caroço no testículo, que estará preenchido por fluido.
  3. Verifique se há algum sintoma urinário. É comum sentir maior vontade de ir ao banheiro (ou com maior urgência) e ter desconforto ao urinar enquanto com epididimite.
    • Há possibilidade de haver sangue na urina.
    • Em muitos casos, a epididimite é resultado de uma infecção que é inicialmente uretral, passando pelo canal e infectando o epidídimo. Qualquer contaminação no trato urinário pode irritar a bexiga e causar dor.
  4. Verifique se há corrimento uretral. Pode haver liberação de um líquido claro, branco ou amarelado na ponta da glande devido à inflamação e infecção no trato urinário; é um sintoma com maior chance de surgir se a causa da epididimite for uma DST.
    • Não se preocupe; mesmo que seja uma DST, ela deverá ser de tratamento simples.
  5. Meça a temperatura e verifique se há febre. À medida que a inflamação e infecção se espalham pelo corpo, a febre poderá surgir – às vezes, junto a calafrios – como forma de defesa do organismo.
    • A febre acontece para que o corpo consiga combater as infecções. É preciso ir ao médico se ela superar 38 °C.
  6. Mantenha um histórico da evolução dos sintomas. Os sintomas característicos da epididimite aguda aparecem nas seis primeiras semanas da doença. Quando duram por mais tempo que isso, os sintomas podem indicar epididimite crônica. Conte ao seu médico sobre quanto tempo você tem seus sintomas, já que tal informação pode afetar seu tratamento.

Avaliando possíveis fatores de risco

  1. Pense se você manteve relações sexuais sem proteção recentemente. A infecção pode se desenvolver a partir de uma DST; dessa forma, o contato sexual sem proteção, em especial com vários parceiros, aumenta o risco de sofrer epididimite. Ao notar os sintomas característicos e houver feito sexo sem preservativo há pouco tempo, é provável que esteja com essa condição.
    • Sempre use preservativo ao manter relações sexuais, seja qual for o tipo (oral, vaginal ou anal).
  2. Analise o seu histórico médico recente, incluindo cirurgias e uso de cateteres. A utilização frequente de cateteres pode acarretar em infecções do trato urinário e epididimite; da mesma forma, intervenções cirúrgicas recentes na região da virilha também podem causá-la. Vá ao médico ao desconfiar de tais problemas.
    • O aumento da próstata pode resultar em epididimite.
  3. Pense nos traumas recentes que sofreu na área dos testículos e virilha. Levar um chute ou joelhada na região poderá inflamar o canal conectado aos testículos; portanto, há chance de que a epididimite seja consequência de tal trauma ou lesão.
  4. Saiba, no entanto, que a causa pode ser desconhecida. Há condições bem mais raras, como tuberculose ou caxumba, que levam ao desenvolvimento da epididimite, mas há possibilidade de que o médico não chegue a um diagnóstico. Alguns homens desenvolvem-na sem qualquer razão aparente.
    • Independentemente de ter uma causa conhecida ou não, o médico estará presente para ajudá-lo, não para julgá-lo.

Consultando um médico

  1. Ao apresentar sintomas, vá ao médico. É preciso obter um diagnóstico especializado em relação à sua condição, seja ela epididimite ou não, principalmente ao sofrer com dores, inchaço, vermelhidão ou sensibilidade testicular, além de dificuldade em urinar.
    • Assim que os primeiros sinais surgirem, marque uma consulta com o urologista.
    • Esteja pronto para falar sobre sua atividade sexual recente, e seja honesto. Esta é a única forma que o médico poderá tratá-lo adequadamente, e não se preocupe: ele já ouviu anteriormente de tudo que você falará.
  2. Prepare-se para um exame físico. O profissional terá que analisar a região da virilha e sentir os testículos afetados. Apesar de ser um pouco constrangedor, você não está sozinho; todos se sentem desconfortáveis nessa mesma situação.
    • Em alguns casos, será feito um exame retal para analisar a próstata.
  3. Provavelmente, o médico pedirá exames para detecção de DSTs. Como a infecção pode ter sido contraída em uma relação sexual, ele deverá prescrever testes para detectá-las. Inicialmente, será coletada urina e às vezes, uma amostra do material da parte interior do pênis.
    • O exame pode ser desconfortável, mas não dolorido.
  4. Exames de sangue também podem ser pedidos. Eles localizarão anormalidades que causam a contaminação em certas oportunidades, e identificarão as cepas de bactérias no sangue.
  5. Um ultrassom será feito, em alguns casos, para precisar se a condição é uma epididimite ou uma torção testicular. Em jovens, a distinção apenas através de exames físicos pode ser complicada, e o ultrassom sanará a dúvida.
    • O ultrassom será feito com doppler, passando o transdutor sobre os testículos. Quando a circulação sanguínea ao local for baixa, o diagnóstico é de torção testicular; do contrário, é um indício de epididimite.

Tratando a doença

  1. Provavelmente, antibióticos serão receitados. A epididimite é tratada de acordo com a causa da inflamação; geralmente, uma infecção, portanto, o médico deverá prescrever um antibiótico (o tipo mudará se for uma DST).
    • Em casos de gonorreia e clamídia, o médico deverá receitar uma única dose de ceftriaxona (250 mg) em forma de vacina, seguida pela ingestão de 100 mg de doxiciclina (comprimido) duas vezes por dia, durante dez dias.
    • Às vezes, a doxiciclina pode ser substituída por 500 mg de levofloxacina uma vez por dia, durante dez dias, ou 300 mg de ofloxacina duas vezes diárias por dez dias.
    • Se a infecção não for causada por uma DST, o tratamento poderá ser feito apenas com a levofloxacina ou ofloxacina, sem a ceftriaxona.
  2. Tome um AINE (anti-inflamatório não esteroide), como ibuprofeno. Esse medicamento pode ser utilizado para diminuir a dor e a inflamação, sendo muito convenientes, já que muitas pessoas o tem em casa, e apresenta boa eficácia. No entanto, é melhor não se automedicar por mais de dez dias com ibuprofeno ou qualquer outro analgésico; se a dor persistir após esse período, vá ao médico.
    • O ibuprofeno deve ser consumido a cada quatro a seis horas (200 mg) para combater o desconforto e a inflamação. Se necessário, aumente a dose para 400 mg.
  3. Descanse e erga a região da virilha. Repousar em sua cama por alguns dias o ajudará a lidar com a dor associada com a condição; dessa forma, a carga sobre a virilha será menor, diminuindo o desconforto. Mantenha os testículos elevados para que os sintomas não sejam exacerbados.
    • Sempre que estiver deitado ou sentado, coloque uma toalha ou camiseta enrolada embaixo da bolsa escrotal, reduzindo o incômodo.
  4. Aplique uma compressa fria à região escrotal. Isso diminui a inflamação ao reduzir a circulação de sangue ao local; basta enrolar a compressa em uma toalha e aplicá-la à bolsa escrotal. Deixe-a lá por cerca de 30 minutos; mais tempo pode lesionar a pele.
    • Nunca coloque o gelo em contato direito à pele. Ela poderá sofrer muitos danos, principalmente por se tratar de uma área sensível.
  5. Tome um banho de assento para reduzir a dor. Encha a banheira com 30 a 33 cm de água quente e sente-se nela por cerca de 30 minutos. A água quente eleva a circulação sanguínea, auxiliando o corpo a combater as infecções; faça isso sempre que puder.
    • Essa técnica é muito útil para casos de epididimite crônica.

Dicas

  • Use qualquer tipo de suporte à bolsa escrotal que for necessário. Equipamentos voltados para esportistas podem fornecer bom apoio à região, diminuindo a dor. As cuecas boxer geralmente não dão tanto apoio quanto as do tipo sunga.
  • A epididimite é dividida em duas classes gerais: aguda e crônica. A aguda está ligada a sintomas que duram menos do que seis semanas, enquanto a crônica se relaciona às manifestações que superam esse período.

Avisos

  • Evite manter relações sexuais enquanto os sintomas estiverem presentes. A atividade sexual aumenta a quantidade de tensão no local, aumentando o desconforto; além disso, há chance de contaminar a outra pessoa por pelo menos uma semana após o início do tratamento (caso tenha uma DST).
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