Como Deixar de Ser Tímido

Опубликовал Admin
3-10-2016, 00:11
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A ideia de falar frente a outras pessoas o faz ter vontade de desaparecer? Se esse for o caso, você definitivamente não está sozinho. Muitas pessoas no mundo sofrem com a timidez moderada a extrema e estão lutando para vencê-la. Lembre-se que sair dessa concha não é algo que acontece da noite para o dia. Fazê-lo leva tempo, esforço e, é claro, a vontade de mudar. E você já está no caminho certo apenas por ter entrado nesta página — agora, vamos em frente.

Entendendo a sua timidez

  1. Pense a respeito da raiz de sua timidez. Ser uma pessoa tímida não significa necessariamente ser alguém introvertido ou não gostar de si mesmo. Quer dizer simplesmente que, por alguma razão, você sente vergonha ao ser o centro das atenções. Em que se baseia a sua timidez? Essa resposta representará, de modo geral, o sintoma de um problema maior. Aqui estão três possibilidades:
    • Você possui uma autoimagem fragilizada. Isso acontece quando nós nos julgamos de modo negativo, em nossas mentes. É difícil parar de escutar a voz da negatividade, mas, no fim, ela é a sua voz — e você determinará o que ela deve dizer.
    • Você tem problemas ao acreditar nos elogios que lhe dão. Quer você pense ou não estar com boa aparência, alguém lhe considerou atraente e, por isso, fez um comentário positivo. Você não chamaria essa pessoa de mentirosa, não é mesmo? Erga o queixo. Diga “obrigado” e aceite esse elogio. Não tente dizer a ela que ela está errada.
    • Você está preocupado com a impressão que pode passar. Isso acontece quando nos mantemos muito concentrados em nós mesmos. Uma vez que passamos o dia inteiro monitorando as nossas ações, para garantir que não cometamos nenhuma gafe, assumimos assim que todos estão fazendo o mesmo julgamento. Se esse for o seu caso, discutiremos mais à frente a respeito de direcionar a nossa atenção rumo a outras pessoas.
    • Você é definido como alguém tímido por outras pessoas. Às vezes, quando muito jovens, éramos tímidos. Infelizmente, muitas pessoas se apegam a esse fato e nos tratam como tais, mesmo quando as nossas personalidades amadurecem e abandonam esses traços do passado. É possível que outros tenham lhe agrupado dentro dessa categoria e que, talvez, você esteja tentando agradá-los. A boa notícia? Você só precisa agradar a si mesmo.
      • Sejam quais forem as razões para a sua timidez, é possível superá-las. Elas são apenas de formas de pensar — e o único ponto sobre a qual você tem pleno controle é o seu modo de pensar.
  2. Aceite a sua timidez. Um dos primeiros passos para superar a sua timidez é tentar aceitá-la, tornando-se confortável à sua existência. Quanto mais você resiste a ela, consciente ou inconscientemente, mais ela prevalecerá. Se você é uma pessoa tímida, aceite esse fato e aceite-o por completo. Uma forma de fazê-lo é dizer a si mesmo repetidas vezes: “Sim, eu sou tímido e eu aceito esse fato”.
  3. Descubra quais são os seus ativadores. Você se torna tímido quando colocado frente a uma nova audiência? Ao aprender uma nova habilidade? Quando se aventura para dentro de uma situação inédita? Ao estar rodeado por pessoas que você conhece e admira? Quando você não conhece ninguém em um lugar qualquer? Tente definir os pensamentos que passam por sua cabeça no momento exato em que a timidez se intensifica.
    • É possível que nem todas as situações lhe tornem tímido. Você não se importa em estar com a família, correto? Em que eles são diferentes dos estranhos ao seu redor? Não são — você apenas os conhece melhor e, ainda mais, eles lhe conhecem. Não se trata de você, mas das situações nas quais você se encontra. Isso prova que não estamos falando de algo universal e onipresente. Perfeito!
  4. Faça uma lista de situações nas quais você se sente ansioso. Ordene-as colocando os itens que lhe causam menos ansiedade em primeiro lugar, mantendo aqueles que a elevam às alturas no final da lista. Quando você coloca as coisas em termos concretos, elas se tornam mais realizáveis e acessíveis, tornando-se mais fácil alcançar o sucesso.
    • Escreva de modo tão concreto quanto possível. “Conversar na frente das pessoas” pode ser um ativador, mas é possível ser ainda mais específico. Conversar na frente daqueles que têm mais autoridade do que você? Conversar com pessoas que você considera atraentes? Quanto mais específico você for, mais fácil será identificar a situação e trabalhar nela.
  5. Vença a lista. Quando você tiver uma lista com 10 a 15 situações estressantes, comece a trabalhar sobre elas, uma a uma (depois de ler o artigo, é claro). As primeiras situações, as “mais fáceis”, lhe ajudarão a construir confiança, permitindo que você passe a seguir para as mais difíceis da lista.
    • Não se preocupe se for preciso voltar algumas vezes; faça tudo em seu próprio tempo, mas busque desafiar-se.

Conquistando a sua mente

  1. Use a sua timidez como uma ferramenta. Qualquer que seja o ativador da timidez, ele é considerado como tal porque nós o vemos dessa forma. O mesmo ocorre na programação de computadores — quando um 'programa' recebe a função parar, ele se comporta do mesmo modo como nós o faríamos, se programados para lidar com interrupções. De forma similar, a nossa mente também pode ser programada. Aprofunde-se um pouco mais: somos programados desde a infância a reagir a certos estímulos como, por exemplo, ficar longe de estranhos, alturas, animais ferozes, etc. No entanto, para certos estímulos, as nossas reações são instintivas, o que significa que nós as percebemos e reagimos de modo natural — e, às vezes, essas reações podem ser falhas. Por exemplo: quando um grupo de pessoas vê um lagarto, algumas delas o considerarão um réptil horrendo, enquanto outras o verão como um lindo animal de estimação. Isso se dá por conta de suas reações naturais ao estímulo (o lagarto). De modo similar, quando pessoas tímidas veem outras pessoas (estímulo), a timidez é sua reação natural. A verdade é que você pode mudar essa reação reprogramando a sua mente. Há algumas formas de fazê-lo:
    • Questione a si mesmo e veja qual é a validade de suas razões. Por exemplo:
      • P: Por que eu tenho medo das pessoas?
      • R: Porque elas podem rir de mim ou fazer perguntas assustadoras.
      • P: Você é alguma espécie de vidente, para ter tanta certeza?
      • R: Não, mas elas podem fazer perguntas que eu não saberei responder.
      • P: Então, você está dizendo “elas podem me perguntar”, mas que não tem tanta certeza. Se, na primeira resposta, você não tinha tanta certeza, por que está agora certo de que não terá resposta para as perguntas feitas? E, mesmo que você não saiba respondê-las, por que raios isso seria um problema?
      • R: Porque isso já aconteceu comigo diversas vezes no passado, e eu não soube o que fazer.
      • P: Muitas pessoas não sabem como conversar adequadamente, outras riem de forma estranha, fazem comentários estúpidos, e assim por diante. E daí se isso aconteceu com você? O céu cairá sobre a sua cabeça?
      • R: Eu me sentiria envergonhado.
      • P: Por que você se sentiria envergonhado?
      • R: Porque as pessoas pensarão que sou estúpido.
      • P: Pergunto novamente: você é capaz de ler a mente das pessoas?
      • R: Não. Mas, se elas pensarem isso, o que poderei fazer?
      • P: E por que isso seria um problema?
      • R: Elas rirão de mim e contarão a outros que sou um perdedor.
      • P: De novo com a “leitura mental”. Você não pode ler a mente das pessoas. Mas tudo bem. Por que isso seria um problema?
      • R: Ninguém iria querer conversar comigo, e todos me veriam com maus olhos.
      • P: Você tem certeza de que ninguém conversaria com você? Tem certeza de que ninguém lhe amaria? E, mesmo que isso aconteça, por que seria um problema?
      • R: Eu ficaria só.
      • P: Há tantas coisas que podem ser feitas a sós, como jogar jogos de computador, assistir a filmes, comer boa comida etc. Você nunca desfrutou dessas atividades estando sozinho?
        • (Exemplo de Terapia Comportamental Cognitiva, introduzida pelo Dr. David Burns, professor na Universidade de Stanford)
    • É essencial que você pratique falar em público, para superar de fato o problema da timidez. Experimente vê-la como uma ferramenta que lhe desafie e force a mudar de atitude e fazer o contrário do que você tem feito, quando ela aparece. Ao se sentir tímido em público, você provavelmente sairá para um lugar mais silencioso, pois essa tem sido a sua reação instintiva por muito tempo. Dessa vez, no entanto, ao sentir a timidez despertar, esforce-se para fazer o contrário: converse com as pessoas. Sim, você se sentirá incrivelmente desconfortável e pessimista, a princípio, mas veja essas emoções como ativadores que lhe desafiarão ainda mais. Quanto maior for a magnitude dessas emoções negativas, mais elas lhe motivarão a esforçar-se. Depois de bastante prática, você perceberá que emoções e sentimentos de pessimismo eram realmente bons amigos, já que lhe motivavam a se desafiar ainda mais.
  2. Direcione a sua atenção para outras pessoas. No caso de 99% de nós, a timidez ataca quando pensamos que, se falarmos ou nos destacarmos, envergonharemos a nós mesmos. Por isso é tão importante concentrar-se nos outros, direcionando a nossa atenção (mental) para outro lugar. Quando deixamos de manter o foco em nós mesmos, paramos de nos preocupar com a impressão que passamos.
    • O modo mais fácil de fazê-lo é concentrando-se na compaixão. Quando nos sentimos compassivos, simpáticos e até mesmo empáticos, deixamos de nos preocupar conosco mesmos e passamos a devotar todos os nossos recursos mentais à compreensão dos outros. Lembre-se de que todos estão lutando alguma batalha — grande ou pequena (mas grande para eles!) —, e isso lhe trará à mente a lembrança de que todos merecem o nosso cuidado.
    • Se isso não funcionar, imagine-se como alguém capaz de imaginar o que outras pessoas têm. Se você estiver preocupado com a própria aparência, assumirá que todas as outras pessoas estão concentradas no mesmo ponto (uma dica: elas não estão). Padrões de pensamento são algo contagioso — uma vez que você começa, não conseguirá parar.
  3. Visualize o sucesso. Feche os olhos e visualize uma situação na qual você irá se sentir tímido. Agora, com os olhos mentais, imagine-se sendo alguém confiante. Faça esse exercício com frequência e em diferentes situações. Ele será mais eficaz quando feito diariamente — em especial durante a manhã. Esse exercício pode parecer simplório, mas, se até mesmo atletas fazem uso da visualização para desenvolver suas habilidades, por que você não o faria?
    • Envolva todos os seus sentidos na visualização, para deixá-la o mais real possível. Imagine-se estando feliz e confortável. Como é o som de sua voz? O que você está fazendo? Desse modo, quando o tempo vier, você estará preparado.
  4. Pratique a boa postura. Manter-se ereto passa ao mundo a impressão de que você tem autoconfiança e de que está receptivo a outros. Com frequência, somos tratados do mesmo modo como nos expressamos — ou seja, se você se sente aberto e acessível, o seu corpo emulará esse sentimento. O corpo é mais do que algo apenas físico.
    • Essa atitude também enganará o seu cérebro. Pesquisadores indicam que a boa postura (cabeça erguida, ombros para trás e braços abertos) nos trazem a sensação de autoridade e confiança, além de — para completar — reduzir o estresse. As razões são inúmeras!
  5. Pratique falar claramente para si mesmo. Isso lhe ajudará a evitar o embaraço de precisar repetir o que disse, se você houver balbuciado ou falado em voz baixa. Você precisa se acostumar a ouvir a própria voz, e até mesmo amá-la!
    • Grave a si mesmo fingindo conversar com alguém. Parece ridículo, é claro, mas você notará padrões, como o quando e o porquê de você desligar, momentos em que você pensa estar falando alto (mas não está), etc. No início, você se sentirá como um ator (e fará o que atores fazem para se imergir no momento), mas acabará sentindo-se um verdadeiro especialista. A prática leva a perfeição!
  6. Não se compare aos outros. Quanto mais você se compara a outros, mais pensará ser incapaz de melhorar e mais intimidado se sentirá, aumentando ainda mais a sua timidez. De nada serve comparar-se a outra pessoa qualquer — no entanto, se você o fizer, seja realista. Todas as pessoas estão lutando contra problemas de autoafirmação.
    • Isso é verdade. Se você tem amigos ou familiares confiantes e extrovertidos, pergunte a eles sobre o assunto. Eles provavelmente dirão algo como “ah, sim, eu certamente fiz esse compromisso comigo mesmo” ou “eu costumava ter dificuldades imensas, mas me esforcei muito para trabalhar nesse ponto”. Você só está em uma fase diferente do processo.
  7. Pense em quão fantasticamente extraordinário você é. Todos temos algum talento ou característica especial para oferecer ao mundo. Isso pode parecer algo cliché, mas é um fato. Pense no que você sabe, no que consegue fazer e no que já alcançou, em vez de manter-se fixado em sua aparência, no som de sua voz e em suas vestimentas. Tenha em mente que todos, até mesmo as “pessoas bonitas”, têm algo de que não gostam a respeito de si mesmos ou de suas vidas. Não há qualquer razão específica pela qual o seu “problema” lhe deva tornar tímido, se o deles não faz o mesmo com eles.
    • Ao se concentrar nesse fato, você perceberá que tem muito a oferecer a qualquer grupo ou situação. Os seus recursos e as suas habilidades são necessários para a solução de qualquer problema, conversa ou circunstância. Sabendo disso, você estará mais propenso a falar o que pensa.
  8. Identifique os valores e forças sociais que regem a sua vida. Apenas porque você não é o alfa na sala, não tem a voz mais poderosa ou não é o anfitrião da festa, isso não quer dizer que você não tenha forças sociais. Você é um excelente ouvinte? Tem bons olhos para detalhes? É possível que você tenha uma característica que sequer passou por sua mente, então pare por um segundo. Você é melhor observador do que a maioria dos que estão ao seu redor? Provavelmente.
    • As suas forças podem ser uma grande vantagem. Se você é um ótimo ouvinte, provavelmente conseguirá ver quando alguém tem um problema e precisa desabafar um pouco. Nessa circunstância, ele será aquele que precisará de você. Não há nada de ameaçador nessa situação. Pergunte à pessoa quais são as novidades. Você observou que ela está buscando ser ouvida — você pode emprestar um ouvido?
    • Em todos os grupos sociais, os papéis precisam ser cumpridos integralmente. Você tem uma posição única, mesmo que não o veja. Não há ninguém melhor do que os outros — saiba que o seu valor, não importa qual seja, completa a dinâmica do grupo.
  9. Não se prenda a rótulos. Pessoas populares, de modo geral, não são felizes. Pessoas extrovertidas não são sempre populares ou felizes, e pessoas tímidas não são necessariamente introvertidas, infelizes, frias e distraídas. Do mesmo modo que você não deve se prender a rótulos, evite lançá-los também sobre outras pessoas.
    • As crianças populares da escola, de modo geral, se esforçam muito a cada dia para serem populares. Elas tentam se conformar e adequar-se, para ter sucesso — o que é bom para elas, mas não significa que trará felicidade ou, ainda, que ela durará. Tentar emular algo que não é como parece ser não lhe levará a lugar nenhum. Você estará em melhor caminho seguindo o ritmo de sua própria vida — o colégio termina, a universidade também e, depois de tudo, o que lhe resta? Apenas o que é concreto.

Dominando situações sociais

  1. Informe-se. Se você for participar de uma festa na próxima semana, é uma boa ideia preparar-se com alguns temas importantes. O governo está passando por uma nova greve? Uma série de televisão está chegando ao fim? Acontecerá um evento internacional? Leia a respeito. Dessa forma, quando o tema surgir na conversa, você pode se manifestar.
    • Você não quer necessariamente impressionar alguém com o seu profundo e detalhado conhecimento. Você só quer participar. As pessoas não querem ser julgadas ou que lhes imponham opiniões diferentes e, por isso, é importante manter o tom sempre leve e amigável. Um simples “cara, eu não gostaria de estar no lugar da Dilma” pode evitar que o assunto acabe.
  2. Pense em conversas como se fossem divididas em etapas. A interação social pode ser simplificada até certo ponto. Quando você compreende os passos básicos e os internaliza, é possível continuar as conversas em piloto automático, algo muito menos estressante. Pense em todas as conversas como se elas tivessem quatro camadas:
    • Primeira: Uma simples linha de abertura — conversa fiada em sua melhor forma.
    • Segunda: Introdução ao tema — autoexplicativa.
    • Terceira: Encontrar uma zona neutra, ou seja, um tema sobre o qual ambos possam conversar.
    • Quarta: Fechamento. Uma parte informa a outra sobre sua saída, sintetizando e, possivelmente, trocando as informações passadas. “Bom, foi ótimo conversar com você — eu nunca havia pensado em Machado de Assis dessa forma. Aqui está o meu cartão — vamos voltar a conversar em breve!
  3. Comece uma conversa. Você se lembra daquele extraordinário projeto que realizou? Aquela montanha que escalou? A doença que você venceu? Se você pôde realizar tudo isso, uma mera conversa será moleza. Um comentário aleatório sobre algo que ambos compartilham será o início perfeito — “esse maldito ônibus está sempre atrasado” ou “vamos esperar que o café esteja quase pronto!” ou, ainda, “você já notou a gravata do prof. Cerveira? Pu. Xa. Vi. Da.” E a conversa fluirá a partir daí.
    • Insira um detalhe às afirmações básicas. Se alguém perguntar onde você mora, a conversa pode facilmente chegar a uma pausa desconfortável, com aquela sensação de hiato permanente. No lugar de dizer “Na rua do Salto”, diga “na rua do Salto, ao lado daquela panificadora fantástica”. Dessa forma, a pessoa terá algo sobre que comentar, mantendo a conversa fluindo. Em vez de responder “Ah, legal”, ela dirá “Caramba, você já experimentou os croissants de chocolate que eles fazem?!
  4. Faça um aquecimento. Se você estiver em uma festa, poderá ter a mesma conversa uma vez após outra. Encontre uma ou duas pessoas por vez e pratique as mesmas amenidades e trivialidades sociais até dominar a situação e sentir-se quase esgotado. Então, volte a encontrar as pessoas que realmente lhe interessaram. Finalmente, você pode partir para uma conversa real.
    • Comece rapidamente, com cada conversa durando apenas poucos minutos. Isso tirará o peso de suas costas e provavelmente lhe deixará menos ansioso — quando o fim está a dois minutos de distância, tudo se torna menos assustador. Então, você poderá concentrar todo o tempo e energia naqueles com quem realmente quer trocar ideias. Isso faz muito mais sentido em seu uso de tempo e recursos.
  5. Pareça e aja de modo acessível. Expresse uma atitude aberta e amigável com a sua linguagem corporal, lembrando-se de manter os braços descruzados, a cabeça erguida e as mãos relaxadas. Ninguém conversará com você se você estiver com a cabeça enterrada em uma partida do jogo Candy Crush. Eles não querem incomodar!
    • Pense nas pessoas de quem você deseja se aproximar. O que dizem seus corpos e expressões faciais? Agora, pense naquelas das quais você quer apenas distância. Como você está assentado nesse instante — onde essa postura entra, no espectro de opções?
  6. Sorria e faça contato visual. Dar um simples sorriso para um estranho pode iluminar o seu dia, além de iluminar também o dele! Sorrir é um meio amigável de reconhecer a existência das outras pessoas, sendo ainda uma excelente iniciativa para iniciar uma conversa com qualquer pessoa, desconhecida ou amiga. Você só está mostrando que é alguém inofensivo, amigável e que deseja ter contato.
    • Seres humanos são criaturas sociais. Olhe nos olhos de um prisioneiro na solitária e você compreenderá essa afirmação. Todos nós estamos em busca de interação e reafirmação. Você não estará incomodando a vida dessas pessoas — estará deixando-a mais vibrante e, ainda, muito mais agradável.
  7. Pense em seu corpo. Quando você está em um grupo de pessoas (ou até mesmo com apenas uma), provavelmente se encontrará preso a alguns pensamentos de timidez. Isso é normal, no início. Se você estiver ansioso, faça a si mesmo as seguintes perguntas:
    • Eu estou respirando?” Se você pode diminuir a frequência de sua respiração, o corpo ficará relaxado automaticamente.
    • Eu estou relaxado?” Mova o corpo até estar em uma posição mais confortável, se não for o caso.
    • Eu estou aberto?” Você pode tomar dicas a partir de sua própria posição. Abrir-se pode mudar a forma como outros lhe veem no grupo.

Desafiando a si mesmo

  1. Defina objetivos para si mesmo. Não basta pensar “eu agora me mostrarei ao mundo e não mais serei tímido!” Esse não é, de fato, um objetivo tangível — é como dizer “eu quero ser extraordinário”. Como você faz isso? É preciso ter objetivos orientados para a ação, como conversar com um estranho ou começar um diálogo com um garoto ou garota que você conhece e considera atraente (cobriremos essas ações na próxima seção).
    • Concentre-se nas conquistas pequenas e diárias, deixando-as gradualmente mais desafiadoras. Até mesmo perguntar a hora para um estranho pode parecer uma tarefa assustadora. Não despreze essas pequenas chances como algo pequeno — elas são imensas! Você poderá avançar e se ver brevemente falando à frente de uma multidão. Tenha calma!
  2. Descubra o que é confortável para você. De modo direto, curtir a muvuca de uma rave ou beber durante toda a noite em uma boate pode não ser a sua praia — isso não tem nada a ver com timidez. Se você prefere aparar as unhas de sua avó, ouça o que o seu interior lhe diz. Não tente conquistar a sua timidez em ambientes que você realmente não suporta. Isso não funcionará.
    • Você não precisa fazer o que todos fazem. E, mesmo que o faça, você não se aterá a esse compromisso e não encontrará pessoas parecidas a você, que gostam de você por quem você é. Por que desperdiçar tempo? Se a paisagem de um bar não for o cenário ideal para você, tudo bem. Pratique as suas habilidades sociais em cafeterias, reuniões pequenas ou no trabalho. Elas serão mais aplicáveis em sua vida.
  3. Pratique colocar-se em situações não tão confortáveis. Tudo bem, não queremos que você se esconda nos cantos, beliscando os braços para anestesiar a dor social, mas é crucial que você se ponha em ambientes nos quais está apenas a um ou dois passos de seu ambiente natural. De que outro modo você poderá crescer?
    • Comece com o topo de sua lista — lembra-se dela? O primeiro item pode ser uma conversa trivial com a garota da farmácia, perguntar o horário para uma pessoa no ponto de ônibus ou, ainda, jogar conversa fora com o colega que trabalha no cubículo ao lado. A maioria das pessoas tem dificuldades em iniciar conversas (você já descobriu o porquê? Elas são como você!), mas as oportunidades estão aí.
  4. Apresente-se para uma pessoa nova a cada dia. É cada vez mais fácil conversar com estranhos, pelo menos brevemente. Afinal de contas, pode ser que você nunca mais os veja e, então, quem se importará com o que pensam de você? Vê aquele homem na rua, indo rumo ao ponto de ônibus? Tente fazer contato visual — e sorria. São apenas 3 segundos de seu tempo!
    • Quanto mais você fizer isso, mais descobrirá quão receptivas e amigáveis as pessoas são. De vez em quando, você encontrará alguma pessoa paranoica, que se perguntará a razão por trás de seu sorriso — considere essa pessoa como alguém divertido com quem brincar. Ainda mais, sorrir faz com que as pessoas questionem o porquê de você estar sorrindo — agora, você está entrando na mente de todos, e não o contrário!
  5. Mostre a sua cara. Converse com alguém com quem você normalmente não iniciaria uma conversa. Tente encontrar pessoas que compartilhem um ou mais de seus interesses, e comprometa-se a conversar com elas. Em algum ponto, você se verá frente a um grupo. Puxe assunto até mesmo com a mais banal das afirmações (ou, ainda, apoiando o que outra pessoa falou). Envolva-se. É a única forma de crescer.
    • Isso se torna mais fácil à medida que o tempo passa. Lembra-se de como era difícil dirigir ou andar de bicicleta no início? O mesmo ocorre nas interações sociais — você apenas não teve muita prática. Depois de um tempo, a sua atitude mudará para “já estive aqui e já fiz isso”. Nada lhe surpreenderá. Viva!
  6. Registre o seu sucesso e siga em frente. Naquele caderno de anotações no qual estão listados os seus ativadores, escreva os êxitos obtidos. Visualizar o progresso feito é uma grande motivação para seguir em frente. Em poucas semanas, você se surpreenderá com o controle que já tem sobre si mesmo e acabará convencido de que é realmente possível avançar e realizar os seus objetivos. Fantástico.
    • Não há cronologia certa para essa mudança. Para algumas pessoas, ela não acontece até que uma ideia surja subitamente e caia sobre suas mentes. Para outras, trata-se de um caminho mais lento, que pode levar meses. Não importando quão longa seja a espera, ela valerá a pena. Confie em si mesmo. Você chegará lá!

Dicas

  • Finja até se tornar verdade ” é uma afirmação bastante útil. Continue fingindo ser alguém confiante e, depois de um tempo, você será. Lembre-se, no entanto, que forçar a entrada em situações nas quais você não se sente confortável pode piorar o problema. A timidez e a ansiedade social são traços aprendidos comportamentalmente, e você deve fazer o que for preciso, em ritmo acessível e realizável — mas desafiador.
  • Torne-se voluntário ou faça parte de um clube ou grupo social. Inscreva-se em um grupo que lhe interesse, e você encontrará outras pessoas com interesses comuns. Essa é uma ótima forma de fazer amigos.
  • Lembre-se de que quase todos são tímidos, até certo ponto. A diferença está no grau dessa timidez. Você pode aumentar a sua confiança com a prática de habilidades conversacionais e ao pesquisar novos temas para discutir.
  • Dê a si mesmo tempo durante o diálogo. Conversar lentamente lhe dá alguns instantes a mais para pensar no que dizer, além de agregar peso às suas palavras.
  • Faça uma lista de coisas que você ama a seu respeito, e coloque-a na parede. Ela pode despertar alguma confiança antes de você sair pela porta.
  • Vença o medo do palco imaginando que você é outra pessoa, como, por exemplo, a sua celebridade favorita, a quem você tanto admira. Imagine-se como aquela pessoa até sentir-se confortável no palco.
  • Lembre-se de que a timidez é uma emoção, e não um traço de personalidade permanente. Você tem o poder de transformar os sentimentos de timidez através de desejo e ações.
  • O medo e a empolgação compartilham a mesma química: adrenalina. Se você se concentrar nos aspectos positivos do evento, da palestra, da atividade, etc. e pensar em sua tensão como sendo, na verdade, expectativa, será possível transformar o medo em excitação, transformando-o em combustível para a sua extroversão. Muitas pessoas extrovertidas participam de situações públicas sentindo-se tão tensas quanto você, mas interpretando esse sentimento como empolgação e, então, compartilhando-o com outros. O medo do palco pode se transformar em uma performance extraordinária, se você for capaz de trocar esses sentimentos no momento de apresentá-la.
  • Diga “sim” com maior frequência. Inicialmente, isso será difícil. Comece com coisas pequenas, como cumprimentar um colega de sala ou algo parecido; o ponto a se lembrar é que, sempre que você aceita fazer algo que normalmente não faz, momentos inesquecíveis estarão esperando. Além disso, você se sentirá melhor com respeito a si mesmo, pelo fato de ter sido corajoso o suficiente para fazê-lo.
  • Não há nada de errado em ser tímido — e tampouco, em ser extrovertido.
  • Não tenha medo de procurar ajuda profissional; aconselhamentos grupais ou individuais e terapia podem lhe trazer grande ajuda ao longo do caminho. Às vezes, trata-se de mais do que mera timidez, e é importante ter a certeza desse fato. O Transtorno de Ansiedade Social, ou Fobia Social, é frequentemente definido como sendo uma “timidez extrema” — tenha a certeza de conhecer o que você realmente tem.

Avisos

  • Ocasionalmente, a timidez é apenas uma fase, uma vez que muitas pessoas ficam mais confiantes e extrovertidas com a idade. Ainda assim, não tente mudar a si mesmo a menos que a mudança em questão lhe traga felicidade; você pode se cansar dela, com o tempo.
  • Se você era conhecido como alguém tímido por familiares e amigos, observe as brincadeiras inofensivas. Algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis com o fato de você ter saído da categoria na qual lhe inseriram, em suas mentes. Ignore-as. Elas têm boa intenção, mas você não deve deixar que lhe espantem de volta para dentro da concha!
  • Com frequência, tudo está apenas dentro de sua mente. Você não precisa ser tímido — apenas respire fundo. Mantenha a cabeça erguida.
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