Como Ser Assertivo Sem Ser Arrogante

Опубликовал Admin
12-01-2021, 06:00
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Ser assertivo é a melhor forma de se comunicar sem que você seja injusto ou grosseiro com as pessoas. Esse estilo de comportamento facilita bastante as relações sociais, além de projetar confiança e deixar qualquer um mais tranquilo e satisfeito consigo mesmo. Por outro lado, muita gente o confunde com uma atitude arrogante, egoísta e pouco prestativa. Se acontece com você, leia as dicas deste artigo e aprenda a definir limites pessoais e comunicar as suas ideias de maneira clara e respeitosa a amigos, colegas e familiares.

Começando a ser assertivo

  1. Compare o comportamento assertivo ao passivo. Ser assertivo não é a mesma coisa que ser passivo. Uma pessoa passiva deixa que os outros violem o seu espaço, os seus direitos e assim por diante, não toma as próprias decisões, não se defende e nem se comunica bem com os demais. Uma pessoa assertiva, por sua vez, não tem medo de dizer "não" quando acha que deve e sabe bem expressar o que quer.
    • Pessoas assertivas protegem os próprios direitos e não violam os dos outros quando querem se expressar. Elas são bem autoconfiantes e agem de acordo com seus valores pessoais.
    • Por fim, pessoas assertivas são mais honestas de ponto de vista emocional, sabem ser diretas com os outros e conduzem bem suas relações interpessoais. Se você não defender seus interesses e nem tomar as suas próprias decisões, provavelmente vai ter dificuldade para se relacionar. Isso acaba levando a uma sensação de instabilidade emocional.
  2. Aprenda a identificar comportamentos assertivos. Você tem que se atentar tanto ao que diz como à forma de dizer. Não menospreze ou ignore os outros só para expressar o que pensa ou sente. Veja alguns exemplos positivos a seguir:
    • Expressar o que você sente de forma clara.
    • Dizer às pessoas o que você quer com um tom moderado.
    • Não xingar, ofender ou usar outras expressões inadequadas com ninguém.
    • Comunicar-se de maneira honesta e direta.
    • Respeitar o direito de as pessoas se manifestarem.
    • Pedir a opinião das pessoas e cooperar com elas.
    • Veja mais um exemplo: imagine que uma pessoa furou a fila do supermercado na sua frente. Com um tom calmo, diga a ela "Eu sou o próximo da fila. Por favor, não tente furar".
    • Se a situação se invertesse e você furasse fila sem querer, o ideal seria assumir a sua responsabilidade e pedir desculpas: "Desculpe, eu não te vi na fila. Vou ficar atrás de você". Não se trata de se diminuir em relação às outras pessoas, e sim entender que elas são tão importantes quanto você.
  3. Lembre-se de que ser assertivo é uma habilidade adquirida. Algumas pessoas já nascem confiantes, mas todo mundo é capaz de aprender a ser assertivo — desde que tenha paciência. Isso vale sobretudo para mulheres, que enfrentam pressões sociais e culturais para não se manifestarem.
    • Pedir desculpas e assumir responsabilidades é uma forma saudável de reagir a falhas de comunicação. Essas atitudes até facilitam novas interações sociais.
  4. Entenda que você tem direitos. Você pode até achar que não tem o direito de dizer "não" em certas circunstâncias, como no trabalho ou com amigos, por causa de pressões sociais e culturais. Isso é pior no caso das mulheres, uma vez que elas são vítimas de um estigma social que prega que ser assertiva é ser "insistente", "agressiva" e coisas do tipo. Mesmo assim, é importante reconhecer que ninguém merece se sentir desvalorizado ou menosprezado. Todo mundo tem sonhos, vontades, desejos e, claro, voz para se expressar.
  5. Aprenda a identificar os pontos que você precisa mudar. Se você se sente forçado a aceitar certas coisas no trabalho ou com seus amigos ou fica deprimido e impotente nas suas relações sociais, provavelmente tem que trabalhar a questão da assertividade em algumas áreas. Ser passivo não é bom para ninguém e faz qualquer um achar que não recebe o devido valor.
    • Tente registrar as vezes em que você se sente intimidado, coagido, forçado, passivo ou tímido em um diário. Depois, determine quais são as áreas mais problemáticas do seu dia a dia, nas quais é preciso trabalhar.
  6. Peça ajuda. Se você sabe que tem dificuldade para ser assertivo em certas situações, não custa pedir ajuda a uma pessoa de confiança: um amigo, a sua parceira (ou o seu parceiro), o seu chefe, um terapeuta etc. Descreva a situação específica e o que acha que precisa mudar de verdade.
    • Por exemplo: se você sabe que tem dificuldade para recusar projetos extras no trabalho, converse com um colega de confiança e pergunte se ele tem dicas de estratégias para as próximas vezes que isso acontecer.
    • Você também pode colocar essas reações em prática com pessoas de confiança antes de enfrentar os problemas em si. Esse "ensaio" facilita bastante, pois reduz o estresse de toda a circunstância real.
  7. Coloque o seu novo comportamento em prática em situações tranquilas. O processo de uma pessoa ficar assertiva pode demorar e provocar um pouco de ansiedade em quem não está acostumado. Experimente usar as suas novas habilidades em ambientes seguros, sem chamar muita atenção.
    • Por exemplo: imagine que você tem dificuldade de expressar as suas preferências e vai a um restaurante, onde o chef acaba errando no serviço. Lá, diga "Eu pedi carne bem-passada, mas ela veio malpassada. Você pode trocar?" ao garçom e veja o que acontece.
  8. Preste atenção ao contexto de cada situação. Às vezes, pessoas passivas ou agressivas podem achar que você está sendo arrogante mesmo sem ser. Por isso, aprenda a identificar quando certas críticas ao seu comportamento são infundadas e quando são válidas. Deixe claro que a sua intenção é colaborar, não dominar ninguém.
    • Pessoas passivas podem interpretar atitudes assertivas como grosseria porque não estão acostumadas a se defender. Para gente assim, o seu estilo direto e aberto de comunicação é diferente e estranho.
    • Pessoas que são passivo-agressivas expressam seus sentimentos e opiniões de forma indireta, muitas vezes tentando mascarar o que acontece de fato e jogando a culpa nos outros. Esse tipo de comportamento faz muito mal às relações e à comunicação. Como o indivíduo está tão habituado a disfarçar o que sente e se expressar sem ser direto, ele acaba enxergando com maus olhos a honestidade alheia.
    • Pessoas agressivas podem ficar irritadas com aqueles que se defendem e não cedem à sua pressão. Gente assim está acostumada a encarar a comunicação somente em termos do que ela quer e precisa. Muitos até interpretam a comunicação assertiva como hostil ou grosseira porque se valorizam mais que os demais.
    • Em alguns casos, as pessoas julgam o comportamento das outras injustamente por causa de preconceitos e percepções delas. Racismo e outros atos do tipo são representações claras disso. Por exemplo: uma pessoa assim pode acreditar no estereótipo da "mulher negra barraqueira" só porque conhece mulheres negras que sabem ser assertivas; além disso, a figura da mulher ocidental é vista como "materna" por natureza, e aquelas que fogem desse padrão também são julgadas. Infelizmente, não dá para mudar tudo, ainda mais formas antiquadas e preconceituosas de pensar.
    • Desequilíbrios em termos de poder em determinadas situações também levam a interpretações incorretas de assertividade. Por exemplo: digamos que você é responsável por uma equipe no trabalho; é possível que alguns dos seus subordinados achem que o seu comportamento é egoísta, não assertivo. Tente sempre estimular a colaboração, prestar atenção ao que as pessoas sentem e incentivar que elas se expressem. Esses são fatores essenciais na transformação de comportamentos agressivos em assertivos.
    • Leia os passos da seção a seguir para adotar comportamentos assertivos de fato, e não passivos ou agressivos.

Aprendendo a ser assertivo de formas saudáveis

  1. Seja um ouvinte atento. Você precisa mostrar que merece respeito e, ao mesmo tempo, dar espaço para que os outros falem e discutam à vontade à sua volta. Sempre que for conversar com alguém, faça perguntas, acene a cabeça e use outros gestos que indiquem que está atento.
    • Olhe nos olhos de quem estiver falando. Você não precisa ficar vidrado na pessoa, mas pelo menos tente manter contato visual por 70% do tempo que a pessoa se manifestar. Isso vai mostrar o seu interesse no assunto.
    • Muita gente fica pensando na resposta que quer dar antes mesmo de a pessoa terminar o que está dizendo. Por exemplo: se um amigo seu estiver desabafando sobre o mau dia que teve, talvez você fique imaginando o quanto o seu dia foi péssimo e queira comentar isso. Não diga nada que tire o foco do que realmente importa no momento!
    • Se você estiver com dificuldade de se concentrar no que a pessoa está dizendo, repita ou resuma as palavras dela mentalmente. O seu cérebro vai ser forçado a se atentar.
    • Quando for a sua vez de falar, formule perguntas que deixem claro que você estava atento. Por exemplo: se a sua parceira acabou de explicar uma atitude sua que a frustrou, fale "Deixa eu ver se entendi: eu fiz _______. Certo?". Isso evita até conclusões precipitadas ou erros de comunicação.
  2. Seja humilde e modesto. Assertividade e humildade andam de mãos dadas. Uma pessoa assertiva não sente a necessidade de ser o centro das atenções: ela aceita elogios pelas coisas boas que faz, mas não perde tempo menosprezando os outros só para ficar por cima da carne seca.
    • Ser humilde também é diferente de ser passivo. Comemore as suas conquistas e os seus sucessos, mas não coloque ninguém para baixo nesse processo.
    • Por exemplo: se alguém elogiar uma apresentação sua no trabalho, não se sinta obrigado a dizer "Ah, não foi nada". Isso diminui a importância da sua conquista. É melhor falar algo que mostre que você sabe que fez um bom trabalho, mas que ainda é humilde, como "Obrigado! Eu ensaiei bastante e tive ajuda de algumas pessoas".
  3. Fale sempre da sua perspectiva. Começar a falar partindo da perspectiva de outra pessoa nunca dá certo. É melhor se acostumar a dizer o que você sente e pensa na hora de se comunicar com alguém, sem nunca tentar ler pensamentos alheios. Por exemplo: diga "Eu gosto de..." e "Eu não quero..."; quando for fazer críticas construtivas, fale "Eu fico irritado quando você...".
    • Por exemplo: se um amigo se esquecer de um compromisso que tinham juntos, não ache que é porque ele não está nem aí. Diga o que você sentiu e convide-o a uma experiência nova, como "Eu fiquei magoado por você não aparecer. O que aconteceu?".
    • Expresse o que você sente de verdade. Imagine que você foi convidado para um evento da empresa, mas não quer ir. Não diga "Ah, eu acho que vou, mas não faz muito o meu estilo", e sim "Eu não gosto de ambientes com muita gente. Prefiro não ir".
  4. Não use termos como "devia" ou "tinha que". Expressões desse tipo implicam certo julgamento moral do comportamento dos outros. Elas são conhecidas como "imperativos categóricos" e deixam qualquer pessoa irritada e culpada (até com elas mesmas, quando estão frustradas).
    • Por exemplo: em vez de dizer "Você devia se lembrar de tirar o lixo na hora certa" ao seu filho, fale "É importante que você se lembre de tirar o lixo na sua vez".
    • Troque "devia" e outras expressões por "Eu prefiro...", "Eu queria que você..." etc.
  5. Use sempre um tom de voz tranquilo. Nunca grite ou perca as estribeiras. Esse tipo de comportamento deixa as pessoas em volta desconfortáveis e invalida qualquer discussão. Mantenha um tom baixo e calmo o tempo todo.
  6. Pergunte às pessoas o que elas acham e sentem. Não presuma que você sabe o que está acontecendo em determinada situação ou que tem a melhor ideia de como resolvê-la. Peça para as pessoas contribuírem com a conversa, como "O que você acha?" e "Você tem alguma sugestão?".
    • Isso é ainda mais importante se você for fazer uma crítica construtiva ou falar algo delicado. A pessoa vai se sentir muito mais valorizada se puder dar a opinião.
    • Por exemplo: imagine que um amigo seu vive cancelando planos de última hora; diga a ele que você sente e peça para ele se abrir, falando "Eu fico frustrado quando a gente combina algo e você cancela em cima da hora, pois não consigo fazer novos planos com esse tempo. Às vezes, sinto também que você não quer ficar a minha companhia. Aconteceu alguma coisa?".
  7. Não coloque a culpa nos outros. Jogar a culpa pelos seus problemas nos outros é egoísta e imaturo. Até falar dos defeitos alheios de forma acusatória já faz mal, ainda mais se você generalizar a situação: "Você sempre se esquece de me buscar!", "Você é tão desleixado!" e assim por diante.
    • Por exemplo: se um funcionário seu se esquecer de enviar um relatório importante por e-mail, não o culpe — ele decerto já está pesaroso por não ter se lembrado. Nesse caso, é melhor falar o que ele poderia fazer de diferente a partir desse momento, como "Eu vi que você se esqueceu de enviar o relatório. Quando eu defino prazos, costumo criar um lembrete no meu celular. Será que isso pode te ajudar?".
  8. Aprenda a separar fatos de opiniões. Não tente provar que você está certo sempre que discordar de outra pessoa em algum assunto, ainda mais em temas nos quais não há só uma resposta "correta". Diga coisas como "A minha experiência foi diferente", mostrando que só dá para falar da sua visão.
    • Por exemplo: imagine que a sua esposa diz que ficou magoada com algo que você disse em uma conversa prévia. Não responda com "Foi sem querer" ou outra expressão defensiva. Primeiro, respeite o que ela está sentindo": "Sinto muito por ter te magoado. Não foi muita intenção e eu vou tentar melhorar e não dizer essas mesmas coisas de novo".
    • Outro exemplo: lembre-se de que cada pessoa encara a vida à sua própria maneira e que ser diferente não é errado. Imagine que um colega seu está trabalhando no projeto atual de forma pouco eficaz aos seus olhos. Não fale coisas como "Que forma boba de trabalhar" ou "Quem trabalha assim?!".
    • Nesse caso, se for adequado (por exemplo, caso você seja o líder do projeto ou chefe da pessoa), fale da sua preocupação com o método do colega: "Eu vi que você está conduzindo o projeto com o método X. Eu tenho experiência na área e já notei que o método Y é o mais eficaz. O que acha de experimentar?".
    • Contudo, nem sempre é correto da sua parte se manifestar. Não force as suas opiniões goela abaixo nas pessoas.
  9. Esteja sempre aberto a explorar opções. Toda pessoa que participa de interações sociais precisa aprender a dar o braço a torcer de vez em quando. Não seja teimoso de insistir em seguir o seu método de ação em determinada situação! Disponha-se a explorar outras alternativas. Dá para ser assertivo e abrir espaço para colaboração com os outros, o que faz com que eles se sintam valorizados de fato. Todo mundo prefere atuar em conjunto a obedecer cegamente.
    • Por exemplo: se você e a sua namorada começarem a brigar sempre pelo mesmo motivo, diga "Como a gente pode resolver de vez esse problema?".
  10. Expresse-se de maneira clara e sincera. Você pode até estar frustrado, mas nunca recorra a comportamentos sarcásticos e complacentes — que acabam com qualquer chance de diálogo. Fale sempre de forma clara e sincera sobre o que você quer.
    • Por exemplo: se um amigo seu sempre se atrasa para os seus compromissos, peça para ele mudar sem ser sarcástico. Nunca fale nada como "Nossa, que surpresa. Pelo menos você só se atrasou meia hora desta vez".
    • É melhor dizer algo como "Quando nós fazemos planos e você não aparece na hora, eu sinto que não tenho a menor importância na sua vida. Nossa convivência seria muito melhor se você conseguisse ser mais pontual".
  11. Adore uma linguagem corporal assertiva. Boa parte da comunicação é não verbal. Ou seja: a forma de uma pessoa usar o próprio corpo diz muito a respeito das interações dela com as demais. Veja alguns exemplos:
    • Faça contato visual direto. Mantenha contato visual por pelo menos 50% do tempo que você estiver falando e 70% do tempo que estiver ouvindo.
    • Faça movimentos tranquilos e suaves. A linguagem corporal assertiva não é tensa ou reclusa, e sim suave e natural. Não aponte dedos, não cruze os braços etc.
    • Adote uma postura aberta. Junte as escápulas e vire o corpo na direção da pessoa com quem você estiver interagindo. Distribua o seu peso de maneira uniforme e não jogue toda a força em uma perna só. Por fim, afaste os pés.
    • Relaxe a boca e a mandíbula. Contrair os lábios e tensionar a mandíbula são indícios de que a pessoa está tensa, desconfortável ou agressiva. Relaxe todo o rosto e mostre emoções genuínas (sorria quando estiver feliz, fique neutro quando não estiver etc.).

Evitando ser arrogante sem querer

  1. Compare ser arrogante a ser assertivo. Enquanto ser assertivo tem a ver com defender as próprias opiniões e vontades, ser arrogante é uma forma agressiva e autoritária de se comportar — quando uma pessoa viola os direitos dos outros só para se autopromover. Gente assim também não costuma aceitar a responsabilidade pelos próprios erros e defeitos.
    • No geral, pessoas arrogantes precisam de validação externa para formar opiniões acerca de si mesmas. Esse tipo de confiança não é negativo por si só, mas pode levar o indivíduo a priorizar o próprio bem-estar que os dos demais.
    • Qualquer pessoa fica desconfortável, magoada e até deprimida quando está perto de gente arrogante. Quando alguém que é arrogante se sente ameaçado, acaba atacando ou culpando os outros.
  2. Aprenda a identificar comportamentos arrogantes. Pessoas arrogantes também têm pensamentos, vontades e sentimentos próprios, mas os expressam de formas que desrespeitam e menosprezam os demais. Apesar de a ideia central por trás do conceito seja parecida com a da assertividade (como "Eu não quero fazer tal coisa"), o comportamento em si não transmite empatia e responsabilidade. Veja alguns exemplos de atitudes arrogantes:
    • Usar linguagens inadequadas com as pessoas.
    • Tentar menosprezar as pessoas.
    • Usar tons sarcásticos ou complacentes.
    • Fazer ameaças.
    • Jogar a culpa nas pessoas.
    • Atacar as pessoas.
    • Desprezar a segurança dos outros.
    • Imagine uma pessoa começar a ofender outra na sua frente na fila do supermercado ou chamar alguém de burro de repente.
    • Se os papéis se invertessem e a pessoa arrogante furasse fila, ela poderia dizer algo como "Bom, se não queria que eu entrasse na sua frente, você devia ter ficado mais perto do caixa" em um tom complacente.
  3. Não menospreze ninguém. Depreciar as pessoas sempre acaba com qualquer comunicação produtiva. Jamais aja assim, mesmo que alguém magoe ou faça mal a você.
    • Por exemplo: imagine você dizer ao seu colega de apartamento "Você é muito porco! Por que não consegue deixar a casa limpa?". Isso é arrogante, enquanto dizer "O que você faz com o seu espaço pessoal é escolha sua, mas eu queria que você tentasse manter as áreas que nós dividimos limpas e organizadas" é assertivo.
  4. Ouça o ponto de vista das pessoas. Pessoas arrogantes sempre querem ser o centro das atenções: o que sentem, o que pensam, o que fazem em determinadas situações etc. Sendo assim, ouça o ponto de vista dos outros e não fique falando só de si mesmo.
  5. Não fale da perspectiva dos outros. Como dito anteriormente, não dá para você presumir o que outra pessoa sente ou pensa. Só é possível falar com propriedade de algo que afete a sua vida e suas experiências.
    • Por exemplo: não diga coisas em tom acusatório, como "Você me deixa tão irritado!", e sim "Eu estou muito frustrado".
  6. Não faça ameaças. Ameaçar e intimidar as pessoas são estratégias típicas de gente arrogante, não assertiva. Tente sempre deixar aqueles à sua volta tranquilos na sua companhia e as suas relações vão ficar muito mais saudáveis.
    • Culpar uma pessoa também pode ser um tipo de ameaça. Por exemplo: digamos que você fez uma pergunta à equipe, mas ninguém respondeu; dizer "Vocês entenderam a pergunta?" seria arrogante e intimidador, enquanto "Eu expliquei esse conceito bem?" seria assertivo.
  7. Não use linguagens impróprias. Além de não xingar, falar palavrões etc., você também deve evitar usar linguagens generalizantes ou totalizantes. Ou seja: não fale "sempre", "nunca" e outros termos extremistas sobre as intenções de outras pessoas.
    • Por exemplo: imagine que um dos seus colegas de trabalho sempre se esquece de passar na sua casa para dar a carona que foi combinada. Reagir a isso com "Você nunca se lembra de me pegar quando é a sua vez de dirigir. Eu fico possesso. Não sei por que é tão difícil se lembrar de mim" seria arrogante, enquanto a resposta mais assertiva seria "Nessa última semana você se esqueceu de me pegar duas vezes. Eu fico frustrado e ansioso quando isso acontece porque acho que vou me atrasar para o trabalho. Você pode tentar se lembrar? Se não conseguir, a gente muda o esquema de carona".
  8. Não use sinais de linguagem corporal agressivos. Certos exemplos de linguagem corporal são bem perigosos e dão indícios de arrogância. Faça contato visual frequente e evite os seguintes itens:
    • Violar o espaço pessoal alheio. Fique a pelo menos 1 m de distância das pessoas em situações públicas e no trabalho. Só se aproxime se elas derem liberdade, como se vocês forem sair para almoçar.
    • Fazer gestos agressivos, como apontar na direção de alguém que fez algo "errado".
    • Cruzar os braços. Cruzar as pernas já indica falta de confiança, mas cruzar os braços é pior mostra que a pessoa está indisposta a se comunicar.
    • Travar a mandíbula. Você pode passar uma imagem arrogante ou hostil se projetar a mandíbula para frente ou travar o queixo.
    • Ocupar muito espaço. Isso vale mais para homens que para mulheres, mas ocupar espaço demais também mostra arrogância (não confiança). Encontre o limite entre o que é confortável para você e os outros.

Dicas

  • Sentir-se superior, ser esnobe e elitista e afins são indícios de arrogância. Qualquer um está sujeito a momentos de lapso dessa natureza, sob o risco de ser grosseiro com o outros. Não se preocupe: até as pessoas mais assertivas e experientes podem ter momentos de fraqueza. O importante é se desculpar quando eles acontecerem.
  • Tentar abrir vias de comunicação abertas e assertivas gera resultados excelentes, mas todo mundo se depara com gente que não coopera de vez em quando. Cada pessoa só é capaz de controlar o próprio comportamento. Não deixe de ser assertivo, mas também educado.
  • Se você não estiver fazendo tanto progresso quanto imaginava que faria, talvez valha a pena buscar um curso de treinamento formal ou até mesmo sessões de terapia.
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