Como Curar um Dedo do Pé Quebrado

Опубликовал Admin
13-01-2017, 09:18
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Os dedos dos pés são compostos por pequenos ossos (chamados de falanges) suscetíveis a fraturas quando expostos a traumas bruscos. A maioria das fraturas nos dedos dos pés recebe o nome de fratura por estresse, esforço ou sobrecarga, tratando-se de uma pequena rachadura superficial que não é grave o suficiente para desalinhar os ossos ou romper a superfície da pele. Em situações menos comuns, um dedo do pé pode ser amassado de tal forma que os ossos são completamente despedaçados (fratura cominutiva) ou, em outros casos, de modo que os ossos se desalinhem radicalmente e despontem para fora da pele (fratura aberta). Entender a gravidade de sua lesão no pé é crucial, pois ela determina o protocolo de tratamento que deve ser seguido.

Recebendo o diagnóstico

  1. Agende uma consulta com o seu médico. Se você sentir uma dor repentina no dedo do pé por causa de algum trauma e notar que ela não desaparece depois de alguns dias, agende uma consulta com o seu médico. Ele examinará o dedo e o pé, fará perguntas a respeito de como o acidente ocorreu e, em algumas situações, tirará radiografias para determinar a extensão da lesão e o tipo da fratura. No entanto, o seu médico pode não ser um especialista musculoesquelético, de modo que talvez seja necessário um redirecionamento para um profissional com um treinamento mais especializado.
    • Os sintomas mais comuns de um dedo do pé quebrado incluem dor intensa, inchaço, rigidez e, normalmente, hematomas devidos ao sangramento interno. Caminhar se torna difícil, e correr ou pular, quase impossível sem uma dor lancinante.
    • Outros tipos de profissionais da área da saúde que podem ajudar no diagnóstico e tratamento de dedos quebrados incluem osteopatas, podólogos, quiropráticos e fisioterapeutas.
  2. Consulte um especialista. Pequenas fraturas de estresse, a presença de fragmentos de ossos e contusões não são consideradas doenças médicas graves, mas dedos dos pés severamente amassados ou fraturas com deslocamento quase sempre requerem a intervenção cirúrgica, especialmente se o dedão, ou hálux, estiver envolvido. Especialistas médicos como o ortopedista (especialista em ossos e articulações) ou o fisiatra (especialista em músculos e ossos) podem melhor avaliar a gravidade de sua fratura e recomendar o tratamento adequado. Dedos quebrados nos pés às vezes podem estar relacionados a doenças e problemas que afetam ou enfraquecem os ossos, como câncer ósseo, infecções ósseas, osteoporose ou complicações ligadas ao diabetes — o especialista médico deve levar isso em consideração ao examinar o seu dedo do pé.
    • Raios-X, cintilografias ósseas, ressonâncias magnéticas, tomografias computadorizadas e ultrassom são algumas das modalidades que podem ser usadas por especialistas no diagnóstico de seu dedo do pé quebrado.
    • Dedos quebrados geralmente resultam de quando se deixa algo pesado cair sobre o pé ou por “bater” o dedo contra algo duro e imovível.
  3. Entenda qual é o tipo de fratura e quais são os tratamentos mais adequados. Peça ao seu médico que explique claramente o diagnóstico (inclusive o tipo de fratura) e forneça várias opções de tratamento para a lesão, já que fraturas de estresse simples geralmente podem ser tratadas em casa. Por outro lado, um dedo do pé mutilado, torcido ou deformado costuma ser o sinal de uma fratura mais séria, sendo melhor deixá-lo sob cuidados profissionais.
    • O menor (quinto) e o maior (primeiro) dedos sofrem fraturas com maior frequência do que os outros.
    • Deslocamentos nas articulações podem entortar os dedos dos pés, deixando-os com aparência similar de quando há uma fratura. Nesses casos, exames físicos e raios-X distinguirão entre os dois problemas.

Tratando fraturas de estresse

  1. Use o protocolo de tratamento R.G.C.E.. O protocolo de tratamento mais eficaz para pequenas lesões musculoesqueléticas (inclusive fraturas de estresse) é abreviado como R.G.C.E. (do inglês R.I.C.E.), estando composto por repouso, gelo, compressão e elevação (do inglês Rest, Ice, Compression e Elevation). O primeiro passo é o repouso — temporariamente, cesse todas as suas atividades para lidar com a lesão. A seguir, a crioterapia (gelo envolvido por uma fina toalha ou compressas de gel congelado) deve ser usada sobre o dedo quebrado assim que possível para cessar o sangramento interno e reduzir a inflamação, preferivelmente enquanto a sua perna é elevada em uma cadeira ou pilha de travesseiros (o que também combate a inflamação). O gelo deve ser aplicado durante 10 a 15 minutos por hora, subsequentemente reduzindo essa frequência à medida que a dor e o inchaço diminuam ao longo dos dias seguintes. Comprimir o gelo contra o pé com uma bandagem de compressão ou uma tala elástica também ajudará a controlar a inflamação.
    • Evite apertar a bandagem de compressão excessivamente ou deixá-la no local por mais de 15 minutos de cada vez, pois a restrição completa de circulação sanguínea pode causar ainda mais danos ao seu pé.
    • A maioria dos dedos quebrados em pés se cura sem problemas, geralmente dentro de quatro a seis semanas. Depois desse período, você pode retornar lentamente às suas atividades atléticas.
  2. Tome analgésicos de venda livre. O seu médico de família pode recomendar anti-inflamatórios, como ibuprofeno, naproxeno ou aspirina, ou analgésicos comuns, como acetaminofeno, para ajudar no combate à inflamação e à dor associadas à lesão.
    • Esses medicamentos costumam ser fortes para o estômago, o fígado e os rins. Por essa razão, é importante que não sejam usados por mais de duas semanas de cada vez.
  3. Enfaixe os dedos para maior apoio. Enfaixe o seu dedo quebrado a um dedo adjacente e intacto, para dar apoio e ajudar em seu realinhamento, se houver alguma torção presente. Limpe profundamente os dedos e os pés usando lenços com álcool e, a seguir, coloque uma faixa médica forte e preferivelmente à prova d'água, para resistir aos banhos. Troque a fita a cada dois ou três dias durante algumas semanas.
    • Considere usar um pouco de gaze ou feltro entre os dedos para mantê-los juntos e em ordem, evitando irritar a pele.
    • Para uma tala simples e caseira que ofereça apoio adicional, coloque palitos de picolé cortados em ambos os lados do dedo do pé, antes de enfaixá-lo.
    • Se você não consegue enfaixar os próprios dedos, peça a ajuda de um médico de família, especialista, quiroprático, podólogo ou fisioterapeuta que o atenda.
  4. Use calçados confortáveis por quatro a seis semanas. Imediatamente depois do acidente, passe a usar calçados de boa medida e com muito espaço para o dedão, a fim de acomodar o inchaço e a faixa. Prefira calçados de sola dura, resistentes e com bom apoio no lugar de opções da moda, e evite usar saltos por, no mínimo, alguns meses, já que eles empurram todo o peso do corpo para frente e amontoam os dedos de forma grave.
    • Sandálias com bom apoio e abertura para os dedos podem ser usadas se a inflamação for excessiva — mas lembre-se de que elas não oferecem nenhuma proteção.

Tratando fraturas abertas

  1. Faça uma cirurgia de redução. Se os fragmentos do dedo quebrado não se alinharem juntamente, o cirurgião ortopédico manipulará os pedaços de volta para a posição normal — um processo chamado de redução. Em alguns casos, a redução pode ser obtida sem cirurgias invasivas, dependendo da quantidade e posição dos fragmentos ósseos. Inicialmente, uma anestesia local será injetada no dedo para anestesiar a dor. Se a pele estiver rompida devido ao trauma, pode ser necessário fazer pontos para fechar a ferida e administrar antissépticos tópicos.
    • No caso de fraturas abertas, o tempo é algo crucial, por causa da potencial perda de sangue e do risco de infecção ou necrose (morte tissular local devido à falta de oxigênio).
    • Analgésicos fortes, como narcóticos, podem ser prescritos até que a anestesia seja administrada na sala de operações.
    • Às vezes, no caso de fraturas graves, pinos ou parafusos podem ser necessários para manter os ossos no lugar, durante o tratamento.
    • A redução não é usada apenas em casos de fraturas expostas, mas para tratar qualquer fratura com deslocamento significativo.
  2. Use uma tala. Depois de uma redução no dedo quebrado, é frequente a colocação de uma tala no local (para apoiá-lo e protegê-lo durante a cicatrização). Alternativamente, você pode ter que usar uma bota de compressão para apoio. Em qualquer das duas situações, você provavelmente terá que usar muletas a curto prazo (durante duas ou três semanas). Nesse ponto, é altamente recomendado minimizar caminhadas e repousar mantendo o pé elevado.
    • Embora talas ofereçam apoio e amortecimento, elas não dão muita proteção, sendo importante que você tome cuidados extras para não bater o dedo enquanto caminha.
    • Durante a fase de cicatrização, é importante que a sua dieta seja rica em minerais, especialmente cálcio, magnésio e boro, além de vitamina D, para promover a força óssea.
  3. Engesse o local. Se mais de um dedo estiver quebrado ou outros ossos da parte frontal do pé estiverem lesionados (os metatarsos, por exemplo), o seu médico pode aplicar um gesso ou uma tala em fibra de vidro sobre todo o membro. Gessos até os joelhos são recomendados, caso os fragmentos ósseos não estejam bem unidos. A maioria dos ossos quebrados se cura por conta própria depois de terem sido reposicionados e estarem protegidos de traumas posteriores ou excessos de pressão.
    • Seguindo a cirurgia, especialmente com a ajuda do gesso, vários dedos quebrados levam seis a oito semanas para a cura total, dependendo do local e da extensão da lesão. Depois de tanto tempo com o gesso, o seu pé pode precisar de alguma reabilitação, como descrito abaixo.
    • Depois de uma ou duas semanas, o seu médico pode pedir outra série de radiografias para garantir-se de que os ossos estão alinhados e em franca recuperação.

Lidando com complicações

  1. Esteja atento aos sinais de infecção. Se a pele estiver rompida em um ponto próximo ao dedo lesionado, você tem altas chances de desenvolver uma infecção dentro do osso ou nos tecidos circundantes. Infecções incham, ficam vermelhas, quentes e muito sensíveis ao toque. Às vezes, elas destilam pus (que representa as suas células brancas em operação) e cheiram mal. Se você sofreu uma fratura aberta, o seu médico pode recomendar um curso precautório de duas semanas com antibióticos orais para impedir que as bactérias cresçam e se multipliquem.
    • Seu médico irá analisar seu pé e prescrever antibióticos se houver uma infecção.
    • O seu médico pode recomendar a vacina antitetânica depois de uma fratura grave, se ela houver sido causada pela perfuração ou laceração da pele.
  2. Use órteses. Órteses são inserções personalizadas para calçados que dão apoio ao arco do pé e promovem uma melhoria na biomecânica ao caminhar e correr. Depois de um dedo quebrado, especialmente se o dedão estiver envolvido, a biomecânica da marcha e do pé podem estar alterados negativamente devido ao comportamento de mancar e evitar o uso da área afetada. Órteses ajudarão a diminuir o risco de potenciais problemas que poderiam atingir outras articulações, como tornozelos, joelhos e quadris.
    • No caso de uma fratura grave, sempre haverá o risco de se desenvolver artrite nas articulações adjacentes — órteses podem minimizar esse risco.
  3. Conte com a fisioterapia. Depois que a dor e a inflamação houverem desaparecido e o dedo quebrado estiver curado, você talvez observe que a amplitude de movimentos ou a força interna do pé estão reduzidas. Se esse for o caso, peça ao seu médico que o direcione para um especialista em medicina esportiva ou fisioterapeuta capaz de oferecer diversos exercícios de fortalecimento, alongamentos e terapias personalizadas que melhorem a sua amplitude de movimento, equilíbrio, coordenação e força.
    • Outros profissionais de saúde que podem ajudar na reabilitação do dedo e do pé incluem podólogos, osteopatas e quiropráticos.

Dicas

  • Se você tem diabetes ou neuropatia periférica (perda da sensação nos dedos dos pés), não enfaixe os dedos dos pés — você não será capaz de determinar se a faixa está muito apertada ou se bolhas estão se formando.
  • Não há necessidade para se tornar completamente inativo depois de quebrar o dedo do pé, mas é importante concentrar-se em atividades que aplicam menos pressão no local, como nadar ou levantar pesos com a parte superior do corpo.
  • Depois de aproximadamente dez dias, passar da crioterapia para o calor úmido (com uma compressa de arroz ou feijões aquecida no micro-ondas) pode ajudar a acalmar as dores no dedo e estimular a circulação sanguínea.
  • Como alternativa aos anti-inflamatórios e analgésicos para o dedo quebrado, a acupuntura pode oferecer alívio da dor e ajudar a reduzir a inflamação.

Avisos

  • Não use este artigo como um substituto para cuidados médicos! Busque sempre o aconselhamento de seu médico.
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