Como Evitar o Gaslighting ao Criar Seus Filhos

Опубликовал Admin
15-04-2017, 11:00
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O gaslighting é uma forma de abuso psicológico e manipulação emocional que pode ter um impacto extremamente negativo em crianças, fazendo com que os pequenos questionem os próprios sentimentos, crenças e autoestima. É preciso compreender a importância de se evitar comportamentos que possam negar ou trivializar os pensamentos e sentimentos das crianças, portanto, avalie os modos com os quais responde às coisas que seu filho diz e faz. Concentre-se em criar em um ambiente estimulante para os pequenos, por mais estressante que seja a criação de filhos.

Reagindo sem julgamento

  1. Não trivialize ou negue os sentimentos ou as necessidades de seu filho. Digamos que o pequeno chegue até você preocupado com algo. Pense em como reage: você ignora, nega ou trivializa o que ele diz como incorreto ou sem importância?
    • Por exemplo, digamos que ficou de comprar os materiais escolares do seu filho para ele levar no dia seguinte para a escola. Se esqueceu de fazer as compras, quando o pequeno vier perguntar se você comprou o que precisava, não finja que não sabe do que ele está falando. Tal comportamento vai fazer a criança questionar o que aconteceu na conversa anterior, deixando-a confusa.
    • Caso seu filho esteja assustado por conta de uma coisa irracional, não diga algo como "Vai ficar com medo de uma bobeira dessas?", pois fazê-lo deixará o pequeno mais ansioso e incomodado, em vez de reconfortado.
    • Saiba que o que você diz, e como reage, impacta bastante a autoestima e os comportamentos dos seus filhos.
  2. Tente não ver a criança como sensível ou fraca demais. Talvez você pense que é importante fazer com que seu filho aprenda a ser durão em vez de sensível, provavelmente por ter sido ensinado assim quando você era pequeno. Tal visão é errada, pois as crianças precisam de conforto tanto quanto disciplina.
    • Evite dizer coisas como "Engole o choro" ou "Para de ser mole", pois elas negam os sentimentos da criança e fazem com que ela não se sinta apoiada.
    • Por mais que acredite que precisa ser durão, é muito importante equilibrar a disciplina com amor e gentileza. Suprir as necessidades básicas das crianças (como água e abrigo) não é suficiente, portanto, evite negligenciar os sentimentos delas.
    • Ao dar apoio emocional e estabilidade para a criança, ela provavelmente confiará mais em você e nos outros, o que por sua vez promoverá atitudes mais gentis e respeitosas.
  3. Não espere que uma criança aja como adulta. Digamos que tenha planos para visitar parentes no fim do ano. Provavelmente existem diferentes expectativas entre você e seus familiares sobre como as crianças devem se comportar. Lembre-se de que elas são crianças e devem poder agir como tal.
    • Reconheça que as crianças cansam, se irritam e entediam mais do que os adultos. Elas também têm mais dificuldade para ficar paradas por muito tempo, como em uma viagem de carro, por exemplo.
    • Quando seus filhos estiverem irritados, concentre-se em lidar com as preocupações mais comuns — fome, nervoso, solidão ou cansado — e evite dizer coisas como "Se acalme e pare de agir assim". Preste atenção nos possíveis motivos por trás do comportamento.
  4. Seja compreensivo em vez de explosivo. Tenha o máximo de paciência possível com a criança; é normal ficar irritado de vez em quando, mas tente compreender a frequência com a qual isso ocorre e sob quais circunstâncias.
    • Quando estiver irritado e não conseguir controlar a raiva, experimente se afastar por um minuto e respirar fundo para se acalmar e não reagir de movo explosivo.
    • Esteja disposto a pedir desculpas. As crianças não são perfeitas, assim como você. Se respondeu de modo nervoso, peça desculpas e faça com que o pequeno compreenda que a raiva não é a solução.
  5. Reconheça e honre os sentimentos de seus filhos, mesmo que não saiba o que eles querem. É muito importante conversar sobre o que os pequenos estão sentindo para validar tais sentimentos; fazê-lo não tira sua autoridade de pai.
    • Por exemplo, experimente dizer algo como "Sei que está irritado por ir embora do parque. É chato sair quando se quer ficar e brincar mais, mas precisamos ir para casa pois já está tarde e é hora de jantar. Você quer batata frita ou milho com frango?".
    • Outra opção: "Sei que quer continuar jogando videogame, mas o exagero não faz bem e você já passou do limite que combinamos de duas horas. Se não tem mais nada para fazer, podemos passar um tempo juntos brincando".
  6. Demonstre empatia se não entender. Às vezes, as crianças ficam irritadas e nós não sabemos o porquê. Em vez de falar que tem um filho difícil ou complicado, esforce-se para entendê-lo. Ofereça compaixão e tranquilidade, mesmo que não faça ideia de qual é o problema.
    • Faça perguntas: "Por que está chutando o ar? Aconteceu alguma coisa?".
    • As crianças pequenas com necessidades especiais podem ter problemas para se comunicar e se irritar com coisas que não deveriam. Seja paciente e esforce-se para ser compreensivo.

Criando um ambiente estimulante

  1. Evite transmitir emoções erradas. As crianças precisam de consistência e estabilidade, portanto, evite sufocá-las com amor em um minuto e menosprezá-las no outro. Tal comportamento pode fazer um pequeno questionar a própria identidade e achar que há algo de errado com ele.
    • Observe suas próprias emoções. Você sente que está fora do controle às vezes? Procure ajuda caso pareça que suas respostas mais comuns sejam a negatividade ou a raiva.
    • As crianças provavelmente não conseguirão compreender o que há de errado, principalmente se tiverem menos de 12 anos. Os pequenos não são equipados emocionalmente para lidar com a inconsistência emocional.
  2. Ajude a aumentar a autoestima das crianças. Se estiver ficando para baixo, você terá dificuldade para encorajar os outros. O problema é que seus filhos dependem de você como pai para receber encorajamento, portanto, encontre um tempinho todos os dias para fazer com que eles sintam-se especiais.
    • Concentre-se em dizer, pelo menos, uma coisa boa e positiva para a criança por dia.
    • Dê abraços calorosos em seus filhos para que eles sintam-se protegidos. As chances de uma criança sentir-se confiante aumentam caso ela acredite ser protegida por você.
  3. Seja um bom exemplo. Os filhos sempre se inspiram nos pais e costumam aprender bastante com o que veem os adultos fazendo. Ensine-os a respeitarem os outros respeitando a todos.
    • Pense em como gostaria de ser tratado e demonstre isso em suas ações sempre que possível. Preste atenção em tudo que faz, principalmente na presença de um filho. Por exemplo, sorria e cumprimente as pessoas que encontrar para demonstrar seu lado positivo e gentil.
    • Deixe claro que não há problema em estar errado. As crianças não têm muita maturidade e costumam levar as coisas para o lado literal. Evite dizer coisas como "Não acredito que derrubou o leite de novo. Parece que você nunca aprende nada", ou você fará com que o pequeno realmente acredite ser incapaz de aprender.
    • Faça com que seus filhos sintam que podem confiar em você. Um bom exemplo fará com que uma criança se sinta acolhida, não ansiosa. Por exemplo, realmente esteja presente nas conversas com os pequenos, demonstrando interesse e evitando distrações. Isso é muito importante para se conquistar a confiança dos filhos.
  4. Separe um tempo para ouvir atentamente. Demonstre interesse nos gostos de seu filho e preste atenção no que ele tem a dizer, mesmo que não goste do assunto. Assim, você deixa claro que leva as opiniões dele a sério, mesmo que discorde delas.
  5. Evite sentir ressentimento ou frustração com o comportamento da criança. Por mais que seja difícil, é importante manter a paciência tanto quanto possível. As crianças procuram conforto nos pais e podem ficar desiludidas caso você reaja com ressentimento ou raiva.
    • O relacionamento entre pais e filhos não é muito igualitário, pois a criança depende dos pais para sobreviver e sentir-se segura e amada. Se você fizer coisas para manipular o relacionamento a seu favor, o pequeno ficará vulnerável.
    • Por exemplo, digamos que seu filho esteja nervoso por ir a um evento com você. Se achar que vai ficar atrasado, lembre-se de que está lidando com uma criança e não diga coisas como "Não entendo por que está nervoso assim. Eu estou feliz, então, vamos logo".
    • Reconheça os sentimentos de seu filho e apoie-o dizendo coisas como: "Por que isso o está incomodando?" ou "Sei que está nervoso e isso é comum. Também me sinto assim às vezes. O que podemos fazer para melhorar isso?".
    • Dê apoio e conforte o pequeno, mesmo quando estiver impaciente.
  6. Em vez de criar dúvidas, reconforte seu filho. Caso a criança sinta que não é boa o suficiente com frequência, sinal de que ela sofre com baixa autoestima e tem dificuldade para se relacionar com os outros. Ajude-a a construir habilidades sociais amando-a e apoiando-a.
    • Ofereça elogios e palavras de encorajamento. Concentre-se em fazer com que seu filho sinta-se bem com o que está fazendo e evite se concentrar no que ele faz de errado. Experimente dizer coisas como "Sei que foi um dia difícil, mas acredito em você" ou "Sei que você é capaz, pois já fez tanta coisa antes".
    • Quando a criança sentir-se confusa ou começar a duvidar de algo que foi dito, ofereça um pedido de desculpas. Em vez de dizer que ela está errada, diga coisas como "Sinto muito pela confusão" ou "Acho que nós não nos entendemos muito bem. Está tudo bem".

Encontrando modos saudáveis de reduzir o estresse

  1. Tenha consciência de suas necessidades. Ser pai não é fácil; é muito comum sentir-se frustrado e sobrecarregado. Por conta disso, é importante cuidar de suas próprias necessidades emocionais para não descontar nos filhos.
    • Você se sente amado e valorizado ou magoado e negligenciado? Se não está feliz consigo e com suas necessidades, vai ser difícil guiar e amar seu filho.
    • Compreenda como o trabalho, a família e a situação emocional atual impactam sua saúde e seu bem-estar. Tente descobrir se começou a sentir-se assim recentemente ou se é uma tendência antiga.
    • Ao entrar em sintonia consigo, você tem menos chances de praticar o gastlighting.
  2. Procure ajuda de amigos e familiares. Evite o esgotamento parental pedindo ajuda para pessoas próximas ou babás quando precisar de um tempo longe dos pequenos.
    • Quando tirar um tempo para si, use-o para relaxar, não para lidar com outros problemas. Separe um tempo para se exercitar, relaxar, se divertir com seus amigos, etc. Faça o que puder para recarregar as baterias.
    • Tente sair com frequência com sua parceira sem a presença das crianças.
    • Tente separar pelo menos quatro horas na semana para se distanciar das responsabilidades de pai. Mantenha a consistência todas as semanas e evite mudar os planos com frequência.
  3. Busque apoio profissional. Caso sinta-se isolado ou tenha dificuldade para lidar com seus filhos, procure por profissionais de saúde mental em escolas ou clínicas de terapia. Tais pessoas podem ajudá-lo com estratégias e recursos.
    • Experimente conversar com um conselheiro estudantil da escola de seu filho. Discuta abertamente suas preocupações quanto à criança e sobre as dificuldades que está enfrentando.
    • Procure terapeutas que foquem em famílias e crianças para ajudar na comunicação entre você e seu filho. Veja se o seu convênio cobre tais consultas, ou procure um profissional em conta, caso a situação esteja apertada.
  4. Concentre-se nas partes boas do seu relacionamento com o pequeno. Você vai cometer erros de vez em quando, e está tudo bem. Um pequeno erro não vai fazer com que seu filho sofra pelo resto da vida. Aprenda com os problemas do passado, reconheça suas imperfeições e dê o melhor de si.

Dicas

  • Esteja disposto a pedir ajuda quando as coisas ficarem difíceis. Se estiver sobrecarregado e não souber lidar com o pequeno, peça ajuda para familiares, amigos ou profissionais de saúde mental. Pedir ajuda é sinal de força!

Avisos

  • Se você estiver sofrendo abusos, ligue para o Disque Direitos Humanos no número 100.
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