Como Pagar seus Empréstimos
Se você tem assistido TV, ou mesmo recebido e-mails com o assunto "Crédito Fácil", ou "Tiramos seu nome do SPC", você pode notar diversas empresas interessadas em lhe ajudar a sair do buraco. De fato, sanar suas dívidas é a melhor forma de limpar o seu nome e manter uma boa carteira de crédito no mercado. Mas veja, melhor do que pedir ajuda para as empresas é você mesmo tomar conta de suas dívidas. Veja neste artigo como fazer isto.
Passos
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Levante quais bancos, empresas ou pessoas você deve. Você, muito provavelmente, pode ter tomado um empréstimo a um certo tempo, e as vezes tão pouco controlou o valor da quantia tomada: a primeira coisa a se fazer então, é levantar o nome de todas os bancos, empresas ou pessoas a qual você está devendo.
- Que tipo de empréstimo você tomou?
- Quanto você deve? Qual é o valor total devido?
- Para quem você deve? Quais são os seus credores?
- Faça um “ranqueamento” das dívidas mais caras. Em geral, o melhor é começar pagando as dívidas mais caras. Faça um ranking decrescente de seus credores e comece tentando negociar com aqueles que têm o maior custo. O custo de um endividamento é a taxa que você paga por ele.
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Estude suas possibilidades de pagamento. Você sempre terá um tempo para equilibrar as suas contas, ou mesmo tentar a independência financeira. É neste momento que você deve cogitar quais formas de pagamento você escolherá para quitar seus empréstimos.
- Pague a totalidade da dívida: se você tiver o dinheiro, você sempre pode pagar todo o valor devido. Na prática nem sempre esta é a opção viável, pois se você a tivesse em mãos, não haveria de tomar o empréstimo não é mesmo?
- Pagamento “padrão”: você pode parcelar o valor total da dívida em pequenas parcelas mensais, pelo período que puder pagar. Considere a anexação de juros nesta alternativa.
- Pagamento “negociado”: é - da mesma forma que o pagamento padrão - uma forma de se parcelar a dívida mês a mês. Muito porém nesta alternativa você conversará com seu credor acerca da viabilidade da redução de juros.
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Separe o seu dinheiro. Tome nota de todo o dinheiro que entra e sai de sua conta bancária, e gaste racionalmente. Sempre existe a possibilidade de cortes de consumo supérfluo. Use esta técnica e separe dinheiro suficiente para pagar suas dívidas e empréstimos.
- Não adianta querer pagar suas dívidas rapidamente. Portanto, não comprometa mais do que 30% de seu orçamento para pagar os credores. Por quê? Porque este é o limite que os analistas consideram razoável para que você consiga manter-se firme na estratégia até o fim. Se comprometer mais do que esta fatia ao pagamento das dívidas não conseguirá ir até o fim do processo, pois são grandes as chances de fraquejar no meio do caminho. Afinal, você precisa ter dinheiro para comer, passear, pagar aluguel, enfim, viver de uma forma saudável que não comprometa sua saúde física e mental.
- Avise sua família acerca de seu problema. Os piores momentos de quem está endividado são aqueles em que você tem que fazer verdadeiros malabarismos para que familiares e credores não se encontrem. A mulher, o marido, os pais, os filhos, ter que montar uma logística para desviá-los uns dos outros não é simples. Correr para atender o telefone, cercar o carteiro para pegar primeiro as cartas e destruir as de cobrança, enfim, você sabe bem o trabalho que dá. É um processo vai sugar suas energias e criatividade e neste momento você precisa concentrar todos os seus esforços nas negociações com credores. Portanto, conte logo que tem problemas com dívidas. Se eles vão brigar? Pode apostar. E você ainda poderá ouvir alguns desaforos. Mas releve, eles não sabem ainda que você está em pleno processo de renegociação.
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Encontre um bom emprego. Nem sempre a renda é suficiente para ser separada, ou mesmo para trazer excedentes que podem ser poupados. Não raras vezes acabamos, inclusive, tendo contas demais para o mesmo salário, não é mesmo? É neste momento que você deve cogitar a troca de emprego, ou mesmo a busca de um que lhe pague um salário melhor.
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Procure ajuda. Você sempre pode lançar mão da possibilidade de recorrer a um advogado ou a qualquer outro profissional e pedir seu auxílio nos acordos de pagamento.
- Ajuda sempre é bem-vinda. Mas cuidado. Não se iluda com aqueles anúncios mirabolantes que prometem resolver seu problema com dívidas da noite para o dia. Isso não existe. O melhor é procurar ajuda de órgãos oficiais, pois além de não precisar fazer nenhum desembolso (são serviços gratuitos) eles têm times altamente treinados e acostumados com este tipo de problema. Nos órgãos de defesa do consumidor, por exemplo, você saberá quais as taxas que podem ser cobradas e quais aquelas que são abusivas. Procon, Idec, defensoria pública do estado, todos esses são bons caminhos a percorrer para buscar suporte na hora de renegociar suas dívidas;
- Caso você não tenha condições de custear um profissional, existem serviços jurídicos gratuitos que são garantidos por lei. Procure a defensoria pública de sua cidade.
Dicas
- Livre-se da vergonha: Este é o primeiro passo para construir uma estratégia eficiente para livrar-se das dívidas. Em geral nos sentimos tão culpados e envergonhados pelas prestações que acumulamos e não conseguimos pagar que corremos atrás de novos financiamentos, cada vez mais caros, para ir pagando contas em atraso. Esqueça. Não é acumulando novos papagaios que você sairá do buraco financeiro em que se meteu. Por isso, livre-se da culpa e da vergonha e comece agora a montar uma estratégia financeira.
- Enxergue o tamanho do problema: Nunca comece a pagar suas dívidas sem traçar uma estratégia. Na maioria dos casos você vai jogar dinheiro fora. Então o melhor é saber quanto você deve e para quem. Faça uma relação de todos os seus credores e veja quanto deve a cada um deles. Você pode fazer isso com um lápis e papel ou pelo computador acessando o Sistema de Informação de Crédito do Banco Central. Esta é uma ferramenta que você pode acessar pela internet, mas precisa pegar sua senha numa agência do Banco Central ou enviando sua documentação pelo correio. Por meio desta ferramenta você conseguirá enxergar todas as suas dívidas, o custo, o fluxo de pagamentos e ainda quais já estão vencidas.
- Converse com seu gerente. Não é brincadeira. Este é seu maior aliado na hora de renegociar a dívida. Aquele mesmo que ofereceu rios de crédito para você, dívida que você hoje não pode pagar, é quem tem que ajudá-lo a resolver o problema. Mostre a ele o tamanho de seu problema.
- Comemore! Cada mês que você conseguir passar por uma das etapas da sua reestruturação financeira, seja quitando uma dívida ou mesmo uma parcela, comemore com a família e os amigos. Esta também é uma conquista, você merece festejar!
Avisos
- Tenha paciência. Não existem soluções milagrosas para você quitar suas dívidas. Não espere encontrar um daqueles remédios anunciados na TV para perder peso em uma semana. Pergunte a qualquer médico, minimamente sério, e ele dirá que isso é impossível. Emagrecer de forma saudável requer disciplina. Livrar-se das dívidas também. Não existe Porangaba (“o chá que emagrece”) para as dívidas. E o pior é que talvez seja rápido emagrecer do que ficar sem dívidas. Mas como não há mal que sempre dure, a boa notícia é que você pode se divertir muito enquanto põe as contas em dia.
- Faça exercícios sempre, com ou sem dívidas. Eles vão ajudar seu corpo e mente. E sempre que a tristeza, a preocupação, a ansiedade e a depressão quiserem lhe fazer companhia, corra. Corra mesmo, no parque, nas ruas do bairro ou na academia. Movimentar o corpo vai lhe trazer bem-estar e mais anos de vida, pois exercícios físicos são grandes aliados da longevidade.
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