Como Escrever um Bom Enredo

Опубликовал Admin
27-09-2016, 06:20
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Um bom enredo nada mais é que as ideias organizadas de modo que capturem a atenção do leitor. Mais que isso, ele também forma as diretrizes que ajudam o autor a não se perder nas ideias e nos personagens que aparecem enquanto o livro está sendo escrito. A seguir, há um guia simples de como escrever um enredo, de certa forma, original.

Passos

  1. Faça brainstorming. Neste ponto, um bom bloco de notas pode ser a melhor maneira de fazer as ideias fluírem. É útil para escrever frases longas, palavras soltas ou parágrafos inteiros, porque tudo pode ser útil ao abordar o enredo. A leitura também é muito importante, pois é a principal fonte de inspiração, embora os filmes, a televisão, a pintura e até mesmo as pessoas também possam inspirar.
  2. Comece conectando ideias e conceitos. Uma vez que você ache que tem bastante ideias para começar construir a trama, pode juntá-las. Os diagramas são de grande uso nesse processo. Por exemplo, se você tiver elefantes e abacaxis, pode fazer um elefante comendo abacaxis.
  3. Obtenha o esboço de seus personagens. Personagens nessa fase são muito simples e parecidos. Você não deve se preocupar tanto com a sua criação agora quanto com a sua função na história. Quem é o protagonista? Quem é o vilão? Será que a história tem um vilão? Se sim, ele é realmente horrível ou apenas um incômodo? Essas são as perguntas que precisam ser respondidas nesse momento.
  4. Escolha o seu tipo de enredo. Embore não se comente muito, alguns enredos são não lineares, o que significa que podem ir e voltar no tempo sem coisas como uma máquina do tempo. Se você optar por escrever um enredo assim, certifique-se de que cada trecho seja cronologicamente coerente com o resto. Não é legal dizer que o personagem estava em uma caverna (no futuro) e, depois, colocá-lo em seu quintal. Em enredos não lineares, é melhor deixar as referências de tempo de fora até o fim do livro, para evitar confusão.
  5. Imagine o cenário. O enredo terá de realizar-se em algum lugar e, assim, o local que você definir será tão importante quanto quem apresentar nele. Se sua ideia for colocar sua história em um lugar já existente, vai ser mais fácil, porque você só tem que imaginar pequenas partes e não tem que se concentrar no cenário geral, uma vez que é levada em conta a realidade. Nesse caso, já pode pular o próximo passo. Se, pelo contrário, a sua história ocorrer em um ambiente totalmente ficcional, continue lendo.
  6. Crie seu cenário a partir do zero. Fazer isso exigirá que você imagine cada detalhe. Não ignore pequenas coisas, como onde as pessoas devem trabalhar ou como andam na rua, uma vez que elas podem ser de grande valia no futuro. Provavelmente, você criará muito mais detalhes do que vai usar, mas, como sempre, é melhor ter mais do que menos. Em histórias de fantasia e ficção científica, coisas como a física que controla o mundo, a estratificação da sociedade e a pessoa comum devem ser levadas em conta.
  7. Finalize seus personagens. É aqui que você realmente cria seus personagens, sem deixar nada faltando. Como na criação de um ambiente, você vai ter muito mais informações do que precisa, mas que podem vir a calhar se reutilizar o personagem mais tarde. Mais uma vez, um bloco de notas vai ajudar muito, no sentido de obter um personagem tão desenvolvido quanto possível. Faça perguntas como "Qual é a razão pela qual ele se veste desse jeito?" e, em seguida, obtenha as respostas. Leve em conta também que um bom personagem é aquele que evolui com o tempo, então, tente fazê-los o mais flexíveis possível (não exagere, ou eles parecerão incertos de suas próprias escolhas). Tente imaginar as possíveis interações entre os personagens e as ligações deles, como amigos ou família. Tire o máximo de proveito de cada um.
  8. Entenda a casualidade. Toda ação tem uma reação e, dessa forma, não existem eventos aleatórios (a não ser que a ideia seja ilustrar a aleatoriedade de tudo, é claro).
  9. Escolha um conflito. Agora, provavelmente, você deve ter começado a escrever; embora não seja estritamente obrigatório, você deve obter o conflito principal ou, se for o caso, o que faz com que os personagens façam o que eles vão fazer. No início, não é necessário fazer tal orientação, mas, depois, sim, para a progressão ser lógica.
  10. Desenvolva a ação crescente. Ação crescente é a sequência de eventos que leva a um clímax. É, geralmente, maior que sua contraparte, a ação decrescente, e mostra o desenvolvimento da personalidade do personagem. Esta deve ser a parte da trama com que você mais precisa mais se preocupar, uma vez que é ela que leva a um clímax fraco, se não for escrita corretamente. Por exemplo, faça seus personagens enfrentarem vários desafios, nos quais eles possam mostrar todo o seu potencial, ou mesmo expandi-lo.
  11. O clímax. Este é o momento em que seus personagens vão enfrentar seu último desafio. Todas as histórias de ficção têm um clímax em algum momento, exceto aquelas de tom humorístico, que se resolvem em um anticlímax (normalmente, a resolução é muito simples e, por isso, parece satisfatória: "Eu enfrentei o dragão com minha espada, mas ele morreu de câncer de mama." Por favor, não use algo assim). Em geral, o clímax envolve todos os personagens, ocorre perto do fim da história (exceto se o enredo for não linear; nesse caso, pode ocorrer em quase qualquer parte, mesmo nas primeiras linhas) e é um momento em que o protagonista parece derrotado e sofre uma recuperação quase milagrosa.
  12. A ação decrescente. Antes do final do livro, se sentir vontade, você deve deixar a ação diminuir um pouco e dizer aos leitores o que aconteceu com os personagens depois do clímax. É aqui que as coisas começam a dar certo mais uma vez, e a vida fica calma novamente. Não subestime a importância disso, uma vez que histórias que não têm uma conclusão adequada são revoltantes.
  13. Então, você chegou até aqui. A essa altura, deve ter a estrutura básica do enredo completa. Se sim, é hora de voltar e organizar seus pensamentos (espero que você tenha guardado o caderno, porque, muitas vezes, ele é útil). Se for esse tipo de pessoa, faça esboços, mapas, linhas do tempo ou até escreva poemas sobre sua história; você passará a amar tudo o que desenvolveu. Mas não pense que o trabalho está feito. Você só tem o esquema básico, que é algo fácil de fazer. A parte na qual o enredo básico se torna um enredo bom é na próxima fase.
  14. Aplique cor: há algumas técnicas de escrita que variam de reviravoltas inteligentes a artifícios conhecidos, como a arma de Chekov (quando um objeto que parece ser insignificante, depois, resolve o conflito) ou o não tão apreciado Deus Ex Machina (que é uma resolução que parece vir do nada: "Nós estávamos caindo para a morte quando uma cabra azul nos salvou e explodiu o balão do gênio do mal com seus olhos de raio laser"). Com uma combinação destas e de um monte de metáforas, comparações e personificações, você vai fazer o melhor enredo possível.
  15. Descanse um pouco enquanto olha o esboço final.
  16. Volte ao trabalho. Agora é hora de rever o que você escreveu. Certifique-se de que não haja anacronismos, incoerências com as suas próprias regras e leis, e que seus personagens estejam consistentes (eles podem evoluir em termos de personalidade, mas têm que se manter coerentes, mantendo a mesma cor de cabelo ou a mesma altura, por exemplo). Se você encontrar um problema grande e descobrir que ele estraga todo o seu enredo, não tenha medo de mudar tudo. Um erro pode ser a diferença entre um bom enredo e um esboço do enredo.
  17. Se você ainda não começou a escrever, provavelmente, agora é o momento.

Dicas

  • Você deve ter cuidado para não tentar fazer tudo ao mesmo tempo. A primeira vez que escrever um enredo é a mais difícil; a partir daí, fica a coisa mais fácil do mundo.
  • O enredo nunca está definitivamente concluído até o final.
  • Enredos são apenas uma orientação, e você deve se sentir livre para não cumpri-la. A maioria dos escritores (como eu) não tem sequer um enredo. Eles simplesmente escrevem o que querem!

Avisos

  • Nunca, nunca, nunca descarte uma ideia só porque parece bobagem. A ideia tola de um homem é a obra-prima de outro.

Materiais Necessários

  • Uma caneta ou um lápis
  • Um bloco de botas
  • Imaginação
  • Paciência
  • Habilidade de passar longos períodos sem comida ou água (não é estritamente necessário, mas aconselhável, a fim de escrever um bom enredo)
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